Milagre o Testemunho da Verdade

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

O QUE SE VIU EM CUBA FORA DO ROTEIRO TURÍSTICO

Um relato sensacional de quem era de esquerda e foi pra Cuba sem usar o roteiro para turistas que o governo prepara.


Eu, uma ex-apaixonada por Che, fui a Cuba. E essa é a visão que tive por lá

Fui a Cuba com meu marido, o cara que eu amo, que eu escolhi para, junto comigo, fazer, parir e criar duas pessoas. Meu marido é um dos caras mais sérios, justos e comprometidos com a verdade dos fatos que já conheci na vida. O mais comprometido provavelmente. Tanto que, às vezes, acho que ele tem dificuldade de sonhar. E, talvez por isso, não mede esforços para realizar os meus sonhos. Ir à Cuba era um deles.

Eu devia estar na sétima ou oitava série quando ouvi falar pela primeira vez de um lugar “onde todos eram iguais”, mas as crianças pediam bala e canetas Bic aos turistas na rua. Lembro bem de uma professora que hoje, se estiver viva, deve ter uns 80 e tantos anos, dizendo que, quando menina, sonhava com Fidel fardado chegando em um cavalo branco para levá-la. Eu não entendia bem aquela paixão, era mais da turma das amigas da minha professora, as quais, dizia ela, eram apaixonadas por Che.

Aos 15, ganhei dos meus amigos um pôster do revolucionário argentino clicado por Alberto Korda. Preguei na parte interna do meu armário, onde ficou até eu deixar a casa da minha mãe, aos 24 anos. Na época em que ganhei o souvenir, nossa curtição era usar boina, fumar charuto e discutir sobre a revolução e o absurdo do capitalismo. 


De lá para cá, já perdi a conta da quantidade de vezes em que participei de discussões acaloradas entre a turma contra e a favor do (socialismo de) Cuba. Em todas elas, sempre havia um sujeito que tentava calar o opositor com o argumento: “Você nunca foi para Cuba, não sabe o que está falando!”

Eu precisava ir a Cuba para saber do que estava falando. Então fomos, um casal de jornalistas, passar nossa nova lua de mel em Cuba. Lá, vi gente cantando e dançando – muito bem – a cada esquina. 

Ouvir música e dançar em Cuba é comer macarrão com vinho na Itália, amar em Paris, escalar no Himalaia. Em Cuba, vi turistas por todos os lados, carros antigos (custam cerca de 18 mil dólares e são passados de pai para filho), casas de pé direito alto onde os andares são divididos em dois para caber mais gente, casas que desmoronaram de tão velhas, esgoto a céu aberto, mercados só para cubanos onde a maior transgressão é vender amendoim sem passar pelo governo. 

Vi crianças com uniformes impecáveis e escolas cheias com quadras poliesportivas e prédios não muito diferentes das nossas escolas públicas. Vi pouca gente doente na rua e banheiros públicos limpos, mesmo que não saísse água da torneira ou da descarga (no banheiro do Museu da Revolução, uma senhora abastecia baldes que os visitantes enojados usavam para mandar embora suas necessidades).


Fiz questão de entrar no hospital central de Havana para ver a tal fantástica medicina cubana. Dei de cara com um arremedo de pronto socorro público muito parecido com os que topei em minhas apurações no Brasil. 

Gente se desmilinguindo na sala de espera, chão limpo, mas todo detonado, salas vazias com paredes caindo aos pedaços e um médico-bedel nervoso com a minha presença. Enfiei a cara dentro do laboratório e fui imediatamente transportada para a década de 1980, quando visitava minha mãe no laboratório de análises clínicas onde ela trabalhava. Nostálgico, mas sei bem o quanto a medicina andou de lá para cá graças aos novos equipamentos tecnológicos. 

Na rua, conversei com pessoas que têm esperança no governo de Trump. Para eles, Obama nada fez pelos cubanos. A retomada das relações foi apenas cosmética.

Fiz também o roteiro de turismo “oficial” e fui aos museus. Circulando pelas centenas de fotos de Fidel, Che e outros combatentes, suas fardas e pijamas ensanguentados, restos de equipamentos e pôsteres com palavras de ordem e frases de louvor, não conseguia parar de pensar nos trechos do texto que lera dias antes de viagem, do livro “A Verdade das Mentiras”, de Mario Vargas Llosa: 

“Numa sociedade fechada, o poder não se arregra apenas o privilégio de controlar as ações dos homens, o que fazem e o que dizem: aspira também governar suas fantasias, seus sonhos e, evidentemente, suas memórias.” 

Lembrei do mesmo texto quando entrei nas livrarias, onde os poucos livros exibidos nas estantes quase vazias eram de autores aliados ao governo cubano.

Não satisfeita, quis ter uma conversa franca com um cidadão, digamos, mais antenado. Na manhã de nosso último dia de viagem, W. (a conversa foi absolutamente informal, não me sinto à vontade de publicar o nome dele aqui), um jornalista cubano que resolveu desafiar o poder e contar a verdade e, por isso, paga com a própria liberdade, veio nos encontrar. 

Dias atrás, depois de cobrir um ato pró-Trump (sim, houve um ato pró-Trump em Cuba), W. foi preso por uma semana. Para proteger a mulher e a filha de 4 anos, W. não vive na mesma casa que elas. Vê a família apenas aos finais de semana.

Quando foi nos encontrar na manhã do último domingo (20), W. estava tenso. Ele não temia estar sendo seguido. Já desistiu de se proteger. Sua aflição era pela prima, que estava em trabalho de parto desde o dia anterior. Eu, que já passei horas parindo por duas vezes, pensei: “coisa de homem, parto é assim mesmo”. Aí ele explicou melhor. 

Em Cuba, praticamente não há parto cesáreo. “Tentam o parto normal até o fim.” Cesária é algo raro mesmo quando é necessária. Por isso, uma outra prima de W. perdeu um bebê que, por complicações de parto, morreu cinco dias depois de nascer. 

Só que o priminho de W. foi registrado como natimorto, uma estratégia safada para camuflar os dados sobre mortalidade infantil. E lembrei de Llosa novamente: “Em uma sociedade fechada, a história se impregna de ficção, pois se inventa e reinventa em virtude da ortodoxia religiosa e da política contemporânea ou, mais grosseiramente, de acordo com os caprichos do poder.”

Ao longo de nossa conversa e do passeio que fizemos pela periferia de Havana, W. criticou a miséria, a insegurança (a maior parte das casas tem grades), a censura e o povo que não promove a mudança, ficando à espera de um salvador. 


Questionei W. sobre a educação, uma das bandeiras do governo e um dos argumentos mais utilizados pela turma pró-Fidel nas discussões dos bares da Vila Madalena, onde os protagonistas costumam pagar fortunas por escolas onde seus filhos aprendam “a pensar”. W.: “Sim, tem escola para todo mundo. Mas não há educação. Há doutrinação. Educação, para mim, é ensinar a descobrir, a questionar, a fazer perguntas. Não é isso o que se ensina às crianças cubanas.”

Naquele ponto da conversa – e da viagem – já estava tristíssima, mas ainda não havia perdido a esperança de encontrar aquela partícula animadora dos meus amigos tão encantados pelo país. Queria ver algo de realmente bom, algo esperançoso. Queria achar o samba e o futebol dos cubanos. Então perguntei: “W., os cubanos, pelo menos, são felizes de alguma maneira?” W. deu um sorriso irônico e contou uma história para responder minha pergunta.

Há pouco tempo, W. foi contratado por uma agência de notícias para fazer um documentário com o tema “Projeto de Vida”. A ideia era entrevistar conterrâneos para saber quais eram os planos para o futuro deles. “Todos deram a mesma resposta: ‘meu projeto de vida é sair daqui, quero deixar Cuba’. Não, os cubanos não são felizes”, disse W.

Terminamos aquela manhã com tristeza e um buraco no peito. Eu e meu marido continuamos rodando a cidade a pé (quase não usamos carro ou outro tipo de transporte), enfrentamos a fila da chocolataria onde cubanos e turistas esperam um tempão para comer o chocolate mais doce que eu já provei na minha vida, demos de cara com a loja da Benetton em Cuba (!!!) e dissemos “não” às crianças que, na rua, pediam “caramelos” (balas, em português). 

Voltamos ao hotel, jantamos no único lugar onde encontramos uma comida dessas que acolhem o estômago e a alma, o Paladar Los Amigos, uma espécie de restaurante que funciona dentro de uma casa. Depois, não tivemos mais disposição emocional para fazer nada. E fomos dormir para enfrentar a viagem de volta.

No dia seguinte, na fileira atrás de nós no avião, uma brasileira chorava copiosamente. Aflitos, os passageiros ao lado tentavam confortá-la. Parei a leitura que acabara de começar, “A Insustentável Leveza do Ser”, de Milan Kundera, para ouvir o que ela contava. Chorava porque o “marido” tinha ficado em Cuba. Meses antes, os dois se conheceram no Brasil. Médico, ele viera trabalhar no Programa Mais Médicos. 

Apaixonaram-se, tentaram fazer com que ele ficasse aqui, mas não teve jeito. Por determinação do governo, ele precisou voltar. Ainda assim, tinha a esperança de ser enviado para uma nova missão, o que lhe foi negado. A moça voltava de uma temporada de um mês com seu amor, seu “marido”, ela dizia aos companheiros de voo.

Ouvi a história, abracei meu marido, trocamos carinhos e retomei minha leitura com o coração apertado. Logo cheguei à parte do livro em que a Checoslováquia é invadida pelos russos e Tomas, um dos protagonistas, tem a possibilidade de emigrar para a Suíça. No início, pensa em ficar. Afinal, Tereza, sua mulher, estava no auge da carreira de fotojornalista. 

Surpreendentemente, ela diz que está disposta a se mudar, apesar de saber que, na Suíça, vivia uma das amantes de Tomas. Sobre isso, Kundera escreve: “aquele que quer deixar o lugar onde vive não está feliz.” E eu completo: seja ele um personagem de ficção, um venezuelano, um cubano ou eu mesma, quando, em viagem a trabalho, quero voltar para perto dos meus amores.

Phonte: Ilisp

FONTE: BLOG DO OSEIAS

sábado, 28 de janeiro de 2017

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Preciosíssimo Sangue de Jesus
A Igreja dedica o mês de julho à devoção do preciosíssimo Sangue de Cristo, derramado pelo perdão dos nossos pecados. Depois de meditar longamente sobre o Coração misericordioso de Jesus, no mês de junho, a mãe Igreja deseja que veneremos profundamente o precisosíssimo Sangue do Senhor.
Os judeus celebravam diariamente o “holocausto perpétuo”, dois cordeirinhos sem defeito eram imolados às seis horas da manhã e às seis da tarde, afim de que o sangue do cordeiro oferecido a Deus obtivesse o perdão dos pecados do povo naquele dia. Esse cordeiro era apenas um sinal, uma prefiguração do verdadeiro Cordeiro que seria imolado na Cruz.
São João Batista o apresentou ao mundo dizendo: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1, 29). Sem o Sangue desse Cordeiro não há salvação. O Sangue precioso de Cristo foi prefigurado também naquele sangue do cordeiro pascal que os judeus colocaram nos umbrais das portas de suas casas, no dia da Páscoa, na saída do Egito, para que o anjo exterminador nenhum mal fizesse ao primogênito daquela casa. É sinal do Sangue do Cristo que nos protege de todos os males do corpo e da alma.
A devoção ao preciosíssimo Sangue de Jesus sempre esteve presente na Igreja desde o início e sempre aumentou através de solenidades, orações, escritos dos papas, e  uma  Ladainha para  pedir a Deus perdão dos pecados e afastar de nós os males do corpo e da alma.
São Gaspar de Búfalo propagou fortemente esta devoção, tendo a  aprovação da Santa Sé; por isso, é chamado de o “Apóstolo do Preciosíssimo Sangue”. O Papa Bento XIV (1740-1748) ordenou a missa e o ofício em honra ao Sangue de Jesus, que foi estendida à Igreja Universal por decreto do Papa Pio IX (1846-1878). O santo foi o fundador da Congregação dos Missionários do Preciosíssimo Sangue – CPPS, em 1815. Nasceu em Roma aos 06 de Janeiro de 1786.
O Papa João XXIII (1958-1963) escreveu a Carta Apostólica “Inde a Primis”, sobre o preciosíssimo Sangue de Cristo, a fim de promover o seu culto, o que foi lembrado pelo Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica “Angelus Domini”, onde repetiu o que João XXIII disse sobre o valor infinito do Sangue de Cristo, do qual “uma só gota pode salvar o mundo inteiro de qualquer culpa”.
O Sangue de Cristo representa a Sua Vida humana e divina, de valor infinito, oferecida à Justiça divina para o perdão dos pecados de todos os homens de todos os tempos e lugares. Quem for batizado e crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16,16) pelo Sangue de Cristo.
“Isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados” (Mt 26, 28).
Em cada Santa Missa a Igreja renova, presentifica, atualiza e eterniza este Sacrifício expiatório pela Redenção da humanidade. Em média, a cada quatro segundos essa oferta divina sobe ao Céu em todo o mundo.
O Catecismo da Igreja ensina que: “Nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de oferecer-se em sacrifício por todos” (§616); para isso era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito. Só Deus poderia oferecer este sacrifício; então, o Verbo divino, dignou-se assumir a nossa natureza humana, para oferecer a Deus um sacrifício de valor infinito. A majestade de Deus é infinita; e foi ofendida pelos pecados dos homens. Logo, só um sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz entre a humanidade e Deus.
São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus mediante “a aspersão do seu sangue” (1Pe 1, 2). “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, aquele que foi predestinado antes da criação do mundo.” (1Pe 1,19).
Assim, o Sangue do Senhor nos libertou do pecado, da morte eterna e da escravidão do demônio. São Paulo diz: “Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5,9). Por seu Sangue Cristo nos reconciliou com Deus: “ por seu intermédio reconciliou consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus” (Cl 1,20).
Com o seu Sangue Cristo nos resgatou, nos comprou, nos fez um povo Seu: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue”(At 20,29). “Por esse motivo, irmãos, temos ampla confiança de poder entrar no santuário eterno, em virtude do sangue de Jesus” (Hb 10,19).
“Cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço de teu sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça; (Ap 5,9)
Hoje esse Sangue redentor de Cristo está à nossa disposição de muitas maneiras. Em primeiro lugar pela fé; somos justificados por esse Sangue ensina S. Paulo: “Mas eis aqui uma prova brilhante de amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós. Portanto, muito mais agora, que estamos justificados pelo seu Sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9). “Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça” (Ef 1,7).
Este Sangue redentor está à nossa disposição também no Sacramento da Confissão; pelo ministério da Igreja e dos sacerdotes o Cristo nos perdoa dos pecados e lava a nossa alma com o seu precioso Sangue. Infelizmente muitos católicos ainda não entenderam a profundidade deste Sacramento e fogem dele por falta de fé ou de humildade. O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na Confissão e cura as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.
Este Sangue está presente na Eucaristia: Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus. “O cálice de bênção, que benzemos, não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão, que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo?.. Do mesmo modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em memória de mim. Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpável do corpo e do sangue do Senhor ” (1 Cor 10,16-27).
Na Comunhão podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue redentor do Cordeiro sem mancha que veio tirar o pecado de nossa alma. Mas é preciso parar para adorá-lo no Seu Corpo dado a nós. Infelizmente muitos ainda comungam mal, com pressa, sem Ação de Graças, sem permitir que o Sangue Real e divino lave a alma pecadora e doente.
“Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeiramente uma comida e o meu sangue, verdadeiramente uma bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6,53-56).
É pela força do sangue de Cristo que os santos e os mártires deram testemunho de sua fé e chegaram ao céu: “Meu Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro” (Ap 7,14).“Estes venceram-no por causa do sangue do Cordeiro e de seu eloqüente testemunho. Desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12, 11).
É pelo Sangue derramado que Ele venceu e se tornou Rei e Senhor:
“Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome é Verbo de Deus… Um nome está escrito sobre o seu manto: Rei dos reis e Senhor dos Senhores”(Ap 19,13-16).
Felipe Aquino

Terço da vitória pelo Sangue de Jesus


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

O PROTESTANTISMO OU ALGUMA IGREJA PROTESTANTE É A IGREJA DE JESUS CRISTO?


A única e verdadeira Igreja visível de Jesus Cristo é a que foi fundada por ele mesmo no primeiro século da nossa era sobre o apóstolo Pedro 

(Mt 16, 18-19; Jo 21, 15-17; Lc 22, 31-32...) É a que existe “visível e ininterruptamente” desde o 1° século da nossa era até hoje e existirá até o fim do mundo (Mat. 28, 20).Resultado de imagem para apóstolo pedro

Ora, cada uma das milhares de “ igrejas “ denominações protestantes foram fundadas por um mero homem ou mulher e nenhuma igreja protestante existe visível e ininterruptamente desde o 1° século, é historicamente comprovado que o protestantismo com suas milhares de “igrejas” nasceram só no Século XVl em diante, portanto, nem o protestantismo nem nenhuma das milhares de igrejas protestantes são a verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Ademais, Jesus fundou uma só Igreja não milhares como existe no protestantismo. Ele disse: Edificarei A MINHA IGREJA (Mt 16, 18)  não as minhas igrejas.
Precisamente para facilitar aos cristãos a tomada de consciência do hiato histórico (lacuna e distância histórica) que intercede entre Jesus Cristo e as denominações protestantes, publicamos a tabela seguinte:

AnoDenominaçãoOrigemFundador
~33Fundação da Igreja CatólicaPalestinaJesus
~55Igreja Católica se fixa em Roma, com Pedro e Paulo
1521Igreja LuteranaAlemanhaMartinho Lutero
1523AnabatistasAlemanhaZwickau
1523Batistas MenonitasHolandaMenno Simons
1531Igreja AnglicanaInglaterraHenrique VIII
1536Igreja PresbiterianaSuiçaJoão Calvino
1592Igreja CongregacionalistaInglaterraJohn Greenwood e outros
1612Igreja Batista Arminiana ou GeralInglaterraJohn Smith
~1630Sociedade dos Amigos (Quakers)InglaterraGeorge Fox
1641Igreja Batista Regular ou ParticularInglaterraRichard Blount
1739Igreja MetodistaInglaterraJohn Wesley
1816Igreja AdventistaEUAWillian Miller
1830MórmonsEUAJoseph Smith
1865Exército da SalvaçãoInglaterraWillian Booth
1878Testemunhas de JeováEUACharles T.Russel
1901Igreja PentecostalEUACharles Parham
1903Igreja Presbiteriana IndependenteBrasilOthoniel C. Mota
1909Congregação Cristã no BrasilBrasilLuís Francescon
1910Igreja Assembleia de DeusEUA/BrasilD.Berg/G.Vingren
1918Igreja do Evangelho QuadrangularEUAAimée McPherson
1945Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB)BrasilCarlos D.Costa
1955Cruzada o Brasil para CristoBrasilManoel de Mello
1962Igreja Deus é AmorBrasilDavid Miranda
1977Igreja Universal do Reino de DeusBrasilEdir Macedo

No Brasil, os pentecostais dispõem-se em três grupos

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a) Assembleia de Deus, que veio dos Estados Unidos em 1911; pelos suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, fundada por ambos em 18/1/1918
b)   Congregação Cristã do Brasil, que teve infcio em 1909 na colônia italiana do Brás (São Paulo), por obra de Luís Francescon, emigrante italiano que veio dos Estados Unidos;
c)   Pentecostais Independentes, grupos oriundos em 1950, entre os quais está a Cruzada "Brasil para Cristo" chefiada pelo pastor Manoel de Mello, que se desligou da Assembleia de Deus e iniciou o Movimento da "Tenda Divina". Igreja Deus é amor fundado por David Miranda em 3/6/1962
                  
Registram-se ainda: a Cruzada da Nova Vida, a Igreja da Renovação, a Igreja da Restauração, o Reavivamento Bíblico, o Evangelho Quadrangular Pentecostal, o Cristo Pentecostal da Bíblia, a Igreja Pentecostal Unida, a Igreja Evangélica Pentecostal, a Igreja Pentecostal Jesus Nazareno, a Cruzada Nacional de Evangelização, sara nossa terra, igreja internacional da graça, igreja mundial do poder de Deus...
Outro Ramos:
·                     Adventistas: Adventistas da Era Vindoura, Adventistas do Sétimo Dia, Adventistas Evangélicos, Cristãos Adventistas, Igreja de Deus, União da Vida e do Advento, etc.
·                     Batistas: Batistas Abertos, Batistas das Duas Sementes no Espírito, Batistas das Novas Luzes, Batistas das Velhas Luzes, Batistas do Livre Arbítrio, Batistas do Sétimo Dia, Batistas dos Seis Princípios, Batistas Fechados, Batistas Primitivos, Batistas Reformados, Velhos Batistas, etc.
.    A tabela, ainda que não seja exaustiva (pois são milhares de “igrejas”), mostra como as denominações protestantes que hoje em dia fazem adeptos no Brasil, estão distantes de Jesus Cristo na linha da história. Antes do século XVI não se falava de Confissão Luterana; Igreja Batista, Presbiteriana... Antes do século XX não se falava de Assembleia de Deus, igreja Deus é amor, Comunidade "Nova Vida", "Igreja Socorrista", etc. Não foi Jesus Cristo quem deu origem a tais organizações, mas foram pastores humanos, dos quais alguns disseram ter recebido revelações mais recentes do que as de Jesus Cristo; tal é o caso de Joseph Smith (Mórmons), Charles-Taze Russell e Rutherford (Testemunhas de Jeová), Alexandre Freytag (Amigos do Homem)... Quanto mais recente é a denominação protestante, mais tende a trocar o Novo Testamento pelo Antigo, chamando Deus pelo nome de Jeová, negando a Divindade de Cristo e a SS. Trindade, observando o sábado em lugar do domingo, etc.
      São Paulo disse que a Igreja de Jesus teria unidade na fé, na doutrina (Ef 4, 5). No protestantismo existem milhares de igrejas justamente porque nenhuma concorda com todas as doutrinas das demais, a desunião doutrinária do protestantismo é uma total desobediência à palavra de Deus mencionada em: Ef 4, 5. 13-14; Rm 16, 17-18; 1° Cor 1, 10; 2° Pd 2, 1-3. Tais textos deixam bem claro que divisão na doutrina nunca foi ação ou inspiração divina, sendo assim, é biblicamente impossível o protestantismo ou quaisquer das milhares de igrejas protestantes serem a verdadeira Igreja de Jesus Cristo.
  Somente a Igreja Católica Apostólica Romana existe desde os primeiros séculos da nossa era. Evidentemente, antes de Martinho Lutero (fundador da primeira igreja protestante e pai do protestantismo) em 1517, não existia o protestantismo nem nenhuma igreja protestante. Existia apenas uma Igreja cristã: “A Igreja Católica Apostólica Romana” que por uma sucessão ininterrupta de bispos ascendia aos apóstolos e por meio dos apóstolos ao próprio Jesus Cristo. Esta era a única Igreja fundada por Cristo a história não conhece outra, muitos teólogos e estudiosos protestantes vendo a impossibilidade de assassinar a história confirmam esta verdade, citando dois exemplos entre muitos:

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  O livro protestante e anticatólico:”porque deixamos a batina”, páginas 6-7, 3° edição afirma que a Igreja Católica Romana durante os três primeiros séculos era a Igreja de Cristo, que após o 3° Sec. Deixou de ser porque apostatou : Há cerca de 1.600 anos, a Igreja de Cristo, instalada em Roma ...
  O pastor Raimundo de Oliveira da Assembleia de Deus, ao falar da paganização da Igreja Romana admite: Durante os séculos I-II (33-196) a Igreja Romana não aceitou nenhuma doutrina antibiblica Cf. Seitas e Heresias um sinal dos tempos, Pág. 16, 1° edição, CPAD.
  Vemos nestes dois testemunhos protestantes que apesar de erroneamente dizerem que a Igreja Católica paganizou-se ou apostatou, não negam que ela existe desde o 1° século, que era a Igreja de Jesus Cristo, que era pura nas suas doutrinas. Aliás, todas as vezes que os protestantes dizem (para tentar justificar sua tardia origem ou existência)  que a Igreja Católica apostatou (se desviou das verdades bíblicas e passou a ensinar heresias), confirmam através desta crítica (objeção) que a Igreja Católica apostólica Romana era a verdadeira Igreja, pura nas suas doutrinas, e por conseguinte, era a única Igreja de Jesus Cristo. E se era a única Igreja que Jesus fundou, ainda hoje é, e continuará sendo (visivelmemte) até o fim do mundo De fato:

   CARTA ABERTA AOS PROTESTANTES SOBRE A APOSTASIA DA IGREJA CATÓLICA

  A Igreja Católica apostatou? Vamos “supor” que isto tenha acontecido. Ora, se veio a apostatar, é porque, de fato, não era ainda apóstata. Quem diz apostasia diz a passagem de uma realidade para outra diametralmente oposta. O ato de apostatar exige uma condição prévia inteiramente incompatível com a apostasia. Assim como uma barra de ferro só se poderá esquentar se estiver fria, e um pedaço de madeira só se poderá partir se estiver inteiro, e um homem só poderá morrer se estiver vivo, também a Igreja Católica só poderia apostatar se estivesse em algum momento livre de apostasia; só poderia paganizar-se se não estivesse paganizada ainda. Negareis o óbvio? Não o creio.
  Muito bem. Mas se um dia a Igreja não foi apóstata, se não era paganizada em algum momento da história, segue-se que foi um dia legítima, autêntica, verdadeira. Se era verdadeira, era, por conseguinte, a Igreja de Jesus Cristo, pois não havia outra. Temos, então, que essa Igreja que chamais apóstata, foi em alguma época a verdadeira Igreja, pura nas suas doutrinas e práticas. Negareis o óbvio? Não o creio.
  Mas afirmais que ela apostatou. Como? A verdadeira Igreja poderia alguma vez apostatar? É aqui, senhores, que a vossa afirmação desmorona, como um imenso castelo de areia firmado na flacidez do chão molhado da praia. Desde quando a Igreja poderia apostatar? Nunca! Jesus Cristo teria sido um mentiroso, um impostor, e mui justa seria a sentença condenatória exarada por Pôncio Pilatos e a acusação vinda da parte do Sinédrio. Mas isso ninguém jamais cogitou. Justo foi Pilatos? Justo o Sinédrio? Impossível!

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  As promessas neotestamentárias da assistência divina à Igreja, por outro lado, são muitas e claras.
  Ao dizer a Pedro do estabelecimento da Igreja, o Salvador garantiu que as portas do Inferno não prevaleceriam contra ela (cf. Mt. 16,18). Ora, se a Igreja depois disto apostatou, deixando de ser a verdadeira Igreja, segue-se que as portas do Inferno prevaleceram e Jesus foi um falso profeta. Em outra ocasião, pouco antes de ascender, o Senhor disse aos apóstolos que ficariam com eles "até a consumação dos séculos" (Mt. 28,20). Mas o que seria desta presença sempre continuada, se o paganismo depois invadisse a Igreja e a corrompesse até os seus fundamentos?
  Sabendo da proximidade da sua ida para junto do Pai, Jesus falou do Espírito Santo: "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco" (Jo. 14,16; ainda 14,26; 15,26). Mas onde, senhores, [estaria] a eficácia da atuação deste Paráclito se apostatasse a Igreja?
  Se a Igreja pudesse em algum momento apostatar ou paganizar-se a palavra de Deus não a chamaria de coluna e firmeza da verdade (1° Timóteo 3,15), este texto nos diz que é impossível a Igreja visível de Cristo, sendo o fundamento da verdade ensinar o erro, heresias.
  Será que não veem senhores protestantes que para não acreditar e aceitar a Igreja Católica Apostólica Romana como a única e verdadeira Igreja que Jesus fundou, vocês preferem desacreditar e rejeitar a própria Palavra de Deus, Desobedecer e blasfemar contra o próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo? De fato, respondam-me ser irem contra o bom senso e a palavra de Deus: como poderia ser possível a Igreja de Cristo ser ao mesmo tempo sustentáculo da verdade (1° Tm 3, 15) e do erro, da heresia?
   Dizer que a Igreja apostatou como dizem os protestantes, é o mesmo que afirmar e blasfemar que Jesus Cristo não passou de um traidor miserável, que nos ludibriou a todos! Pois Prometeu que as portas do Inferno jamais prevaleceriam, mas a Igreja apostatou. Prometeu a sua assistência até o final dos séculos, mas a Igreja apostatou. Prometeu o Espírito da verdade para que ficasse eternamente, mas a Igreja apostatou.
  Quer dizer senhores protestantes que Jesus mentiu? Foi ou é incapaz de cumprir suas promessas em relação à sua Igreja, à Igreja que ele fundou? É como diz o antigo provérbio:”o pior cego é o que não quer ver”!
  Não soubesse eu, senhores protestantes, que a assistência divina é infalível e que tem, pelos séculos, preservado a Igreja de todas as heresias, e estes brados de revolta e blasfêmia de vocês soariam os mais justos e louváveis. Mas sei que a Igreja, um dia edificada por Cristo sobre Pedro (Mat 16, 18-19) a Rocha/cefas (João 1, 42) Pastor de todo o rebanho/Igreja de Jesus ( João  21, 15-17) e seus sucessores (Mat 28, 20), jamais renegou os ensinamentos que recebeu, porque nela atua Aquele que é a própria Verdade, mesmo que assim não queiram as vossas incontáveis denominações, que, não tendo Deus Cristo por fundador, jazem impotentes ante um turbilhão de contradições doutrinárias. ( larcatolico.webnode.com.br/news/a-igreja-catolica-apostatou-e-paganizou-se-/ )
   A igreja católica tem uma só fé, uma só doutrina, de fato, quando o católico em cada missa recita o credo " Creio em Deus pai todo poderoso criador do céu e da terra e em Jesus Cristo seu único filho nosso Senhor ... Estar professando a mesma fé dos cristãos desde os primeiros séculos até hoje
    Perguntemos ao protestante: Pouco antes de aparecer o protestantismo ou se fundar uma “igreja” protestante existia ou não existia a Igreja de Jesus Cristo? Diz que sim! Neste caso o protestantismo ou “igreja” protestante diversa da verdadeira Igreja, não é a Igreja de Cristo. Diz não! Neste caso contradiz a palavra de Jesus Cristo que é Deus, o qual afirma que a sua Igreja é indestrutível como sociedade visível e infalível na doutrina (Mat 16, 18-19; 18 17; 28 20; Lc 10,16; Jo 16, 13; atos 20, 28; 1° Tm 3, 15.

   Outras perguntas que devem ser feitas aos protestantes é: “Quem fundou a sua Igreja e por quê? Foi o Senhor Jesus que a fundou ou foi um mero homem? E para ajudá-lo na resposta: Qual seria a sua igreja se você nascesse há mil e cem anos, ou  600 anos antes, da reforma protestante em 1517?”. Qual a Igreja cristã que existe desde os primeiros séculos? A resposta seria apenas uma: Igreja católica. Ora, Visto que Jesus prometeu que as portas do inferno nunca haveria de prevalecer contra a sua Igreja, ou seja, que nunca ia deixar ela errar doutrinariamente (Mt 16, 18-19), pois ela seria até o fim do mundo a coluna e sustentáculo (firmeza) da verdade (1° Tm 3, 15) é ilógico e contraditório aceitar atualmente doutrinas que não se alinham com as da Igreja católica! Podem-se aceitar ritos e disciplinas diferentes, mas não doutrinas! Será anticristão abandonar ou rejeitar a única Igreja que Jesus fundou por “igrejas” ou “seitas” fundadas por homens! De fato, perguntamos: As igrejas protestantes (que tiveram origem com e após a reforma protestante) estão na bíblia? É impossível, pois só surgiram 1300 anos após a bíblia e quinze séculos após da existência da Igreja de Jesus Cristo. Já que não estão na bíblia porque vocês protestantes (“evangélicos” ) seguem essas “igrejas” fundadas por meros homens? Afinal de contas não são vocês que dizem que só devemos seguir o que está na bíblia?
Ora é de crer que, se os cristãos conhecessem melhor a história das denominações protestantes, não adeririam tão facilmente a elas ou as deixariam sem demora, porque perceberiam que são obras de homens que se opõem à intenção de Jesus Cristo; principalmente os católicos não se tornariam protestantes, pois, assim procedendo, abandonam a única Igreja fundada por Jesus Cristo para aderir a comunidades fundadas por homens, quinze ou mais séculos após Jesus. Será a mesma coisa seguir Jesus Cristo e seguir um "profeta" do século XVI ou XVIII?
Quem dá sustentação e vida à árvore é sua raiz! Uma árvore sem raiz não sobrevive nem se mantém segura de pé! E o que temos na raiz desta grande árvore que é o Cristianismo? Na base (raiz) está a Igreja católica (é fato histórico; observe mais uma vez a tabela acima)! Sua raiz bebe diretamente Daquele que dá e é a água viva (cf. Jo 4,10), Jesus Cristo, o Filho de Deus. E é por isso que ela, ainda nos dias de hoje, tem se demonstrado forte e vigorosa (apesar da sua idade e de tanta perseguição), e assim será até a consumação dos séculos (cf. Mt 28,20).  
   As doutrinas dos protestantes de hoje são diferentes e opostas das dos fundadores das primeiras “igrejas” protestantes. Neste caso quem são os que possuem a verdade, são os fundadores do protestantismo? Diz sim! Então os protestantes de hoje estão no erro. E se estavam no erro os fundadores, o protestantismo cai pela sua base.
  A interpretação privada da bíblia introduziu no protestantismo incontida variabilidade, enorme e contraditória diversidade de interpretações e doutrinas, selo do erro ( a verdade une o erro divide). Como o erro não pode ser consequência da verdade, mas do erro, a interpretação privada professada por todas as “igrejas” protestantes é um erro que infecciona todo o protestantismo impedindo-o de crescer em unidade, mas fazendo o mesmo se dividir em milhares de seitas opostas entre si: Logo todas e cada uma das ”igrejas” protestantes estão baseadas no erro.
  O Espírito Santo, Espírito de verdade, não inspira interpretações e doutrinas contraditórias. Ora,  as “igrejas” protestantes afirmam interpretações e doutrinas contraditórias, e cada “igreja” nova nasce de uma contradição com outra “igreja”, logo elas não podem estar inspiradas pelo Espírito Santo; logo o princípio protestante da interpretação privada não é cristão pois semeia a divisão, nem conduz à verdade pois semeia a contradição.  E como podem essas igrejas atribuir suas mais diversas doutrinas ao mesmo Espírito Santo, sendo estas completamente contraditórias entre si? Não seria uma blasfêmia dizer que o Espírito Santo está ocasionando divisões entre os cristãos se Jesus Cristo afirmou que haveria um só rebanho e um só pastor? (Jo 10,16)
 Na raiz de todo este esfacelamento do Cristianismo, que se perde cada vez mais em fantasias arbitrárias, está o princípio, estipulado por Lutero, segundo o qual a Bíblia deve ser interpretada por cada leitor em "livre exame"; o que quer dizer: cada qual tem o direito de contar com a iluminação do Espírito Santo e entender a Bíblia como bem lhe pareça; em consequência, tira as conclusões que julgue adequadas, sem orientação da Igreja. É compreensível que tal princípio, coerentemente aplicado, tenha levado e leve o Protestantismo a se autodestruir cada vez mais, dividindo-se e subdividindo-se em comunidades, das quais as posteriores pretendem sempre reformar as anteriores e são reformadas pelas subsequentes. Os membros de tais comunidades reformadas seguem tão somente o alvitre subjetivo e imaginoso de um "profeta", e não mais a Palavra de Jesus Cristo como tal. Este fundou uma só Igreja, que Ele confiou a Pedro, dando-lhe a garantia de sua assistência infalível até a consumação dos séculos (cf. Mt 16,16-19; 28,18-20); fora desta única Igreja há sociedades humanas cristãs, que não podem ser ditas "Igreja de Cristo" a não ser na medida parcial em que compartilham elementos da única Igreja de Jesus Cristo (a leitura da Biblia, o Batismo, o espírito de oração...). São obras humanas (a prova de que são obras meramente humanas, é a contínua dissolução de tais grupos em subgrupos e subgrupos...; há quem enumere mais de 1.600 denominações cristãs somente na África)!
  Vê-se, pois, que o individualismo colocado na base da Reforma de Lutero é o fator de autodestruição da própria Reforma, pois favorece todas as tendências divergentes, levando às conclusões mais extremadas. O próprio Lutero se assustou ao perceber a confusão que seus princípios provocaram.
  Em consequência, torna-se difícil dizer quais os pontos comuns a todas as denominações protestantes. Podem-se apontar o uso da Bíblia como única norma de fé e a crença em Deus uno, Criador e Juiz; a própria Divindade de Cristo é negada por não poucos protestantes; há também correntes reformadas que não admitem sacramento algum. Por isto deve-se dizer que as diferenças, dentro do Protestantismo, entre Testemunhas de Jeová e Batistas, entre Adventistas e Presbiterianos... São maiores do que as diferenças entre luteranos e católicos.
De resto, o liberalismo apregoado pelo princípio do livre exame é geralmente atenuado ou mesmo supresso nas comunidades protestantes onde os pastores exercem forte liderança sobre os seus fiéis.
  Talvez, porém, alguém objete: a Igreja fundada por Cristo não tem suas falhas e não necessita de purificação e renovação?
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... sem perda de contato com a linhagem apostólica e a fonte "Jesus Cristo". Qualquer quebra nessa linha é mortal, pois faz da nova comunidade uma obra meramente humana, separada do seu manancial autêntico
— É certo que, onde existem seres humanos (e na Igreja eles existem), existe fragilidade; esta, sem dúvida, exige purificação. Todavia a purificação da Igreja há de se fazer sem ruptura com o passado, sem perda de contato com a linhagem apostólica e a fonte "Jesus Cristo". Qualquer quebra nessa linha é mortal, pois faz da nova comunidade uma obra meramente humana, separada do seu manancial autêntico; a tal comunidade já não se aplica a Palavra de Cristo em Mt 28,18-20: "Estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos".
  A própria Igreja de Cristo, a Igreja Católica, sabe tirar do bojo da sua vitalidade o remédio aos males morais que acometem seus filhos; a Igreja é a Mãe solícita de curar as chagas que os seus filhos lhe infligem à revelia da própria Mãe. Na verdade, o católico que peca, peca porque se afasta dos ensinamentos e da vida da Igreja.
   Aliás, a razão pela qual não se pode conceber Reforma da Igreja fundada por Cristo (mas apenas reformas em setores disciplinares da mesma), é o próprio conceito de Igreja. Esta não é uma República (como afirmavam reformadores do século XVI), nem é uma sociedade meramente humana, mas é o sacramento que continua o mistério da Encarnação; é Jesus Cristo prolongado em seu corpo através dos séculos — o que significa que, por debaixo da veste humana e defectível que os homens dão à Igreja, existe o próprio Cristo presente com sua autoridade e indefectibilidade; esta presença atuante de Cristo garante a todos quantos se chegam a Ele na Igreja, a santificação e a vida eterna; é Ele quem batiza, é Ele quem consagra o pão e o vinho, é Ele quem absolve os pecados. Consciente dessa presença indefectível de Cristo na Igreja podia São Paulo dizer que "Cristo amou a Igreja e se entregou por ela... para apresentar a si mesmo a Igreja gloriosa, sem manchas nem rugas ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5,25-27). Com efeito, a Igreja é santa não por causa da oscilante santidade dos homens que a integram, mas por causa da presença do Santo de Deus ou de Cristo que nela se encontra. Por isso não toca a homem algum refazer a Igreja ou recomeçá-la, mas compete-lhe apenas zelar para que a face externa da Esposa de Cristo seja purificada das falhas que os homens lhe impõem.
  Refletindo sobre estas verdades, os fiéis católicos hão de se recordar das palavras do Apóstolo São Paulo, que hoje parecem mais oportunas ainda do que nos tempos da Igreja nascente:

ESTEJAM ALERTAS - 
"Rogo-vos, irmãos, que estejais alerta contra os que causam divisões e escândalos contrários à doutrina que aprendestes; afastai-vos deles", os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 16,17-18).

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"Brasil, vocês são nosso próximo alvo. Podemos atacar esse País de merda”. A ameaça foi postada em novembro de 2015, em um perfil do Twitter que tinha como dono Maxime Hauchard, 22 anos. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou, nesta quarta-feira (13), que o perfil realmente pertence ao terrorista francês que aparece em vídeos do Estado Islâmico decapitando sírios.

"Alcancemos todos nós a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, o estado de Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo.Assim não seremos mais crianças, joguetes das ondas, agitados por todo vento de doutrina, presos pela artimanha dos homens e da sua astúcia que nos induz em erro" (Ef 4,13-14).
" Haverá entre vós falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias(seitas) de perdição, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade. E por avareza (amor exagerado ao dinheiro) farão de vós negócio com palavras fingidas, sobre os quais a perdição não dorme" ( 2° Pedro 2, 1-3; Atos 20, 28-30)




terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Sobre a terceira parte do Segredo de Fátima

Papa São João Paulo II
(1978-2005)






Sobre a terceira parte do Segredo de Fátima,
a comunhão na mão,
e a grande prova da Igreja.



Reproduzimos de seguida, integralmente, o artigo da revista
alemã Stimme des Glaubens, nº 10/81, 20 de Maio de 1981:


Papa João Paulo II:
“A grande prova não pode mais ser evitada”

Quando o Papa João Paulo II esteve em Fulda, foram-lhe colocadas várias perguntas por um pequeno grupo: sobre o terceiro segredo de Fátima, sobre comungar na mão, sobre o futuro imediato, etc. Um dos participantes registou o sucedido com base na sua memória. Nome e autenticação estão disponíveis na redacção. Segue-se um excerto desse registo.

Pergunta: «E o que se passa com o terceiro segredo de Fátima? Não deveria ter já sido publicado em 1960?»
Resposta do Santo Padre: «Por causa da gravidade do seu conteúdo, os meus antecessores na cadeira de Pedro optaram por uma redacção diplomática, de forma a não encorajar o poder mundial do comunismo a tomar certas atitudes. Para além disso, deveria ser suficiente para todos os cristãos saberem isto: se estiver escrito que os oceanos inundarão totalmente várias áreas da terra e que, de um momento para o outro, pessoas morrerão, milhões delas, então de certeza que não se ansiará mais pela publicação deste segredo. Muitos só querem saber por curiosidade e por um gosto pelo sensacionalismo, mas esquecem-se que o conhecimento também significa responsabilidade. Assim apenas se esforçam por satisfazer a sua curiosidade. Isso é perigoso, ainda para mais se, simultaneamente, não estiverem dispostos a fazer nada, porque dizem que não se pode fazer nada contra o mal». Nesse momento, o Papa pegou num Terço e disse: «É este o remédio contra o mal.Rezai, rezai e não perguntem mais nada. Confiai tudo o resto à Mãe de Deus».

Pergunta: «Santo Padre, Vossa Santidade dá a comunhão na mão?»
Resposta do Santo Padre: «Existe uma carta apostólica que legitima a existência desta autorização especial. Eu pessoalmente digo que não sou a favor e que também não a posso recomendar. Mas como essa autorização especial existe aqui e corresponde ao desejo de cada bispo diocesano, submeti-me à realidade destas dioceses».

Pergunta: «O que acontecerá à Igreja?»
Resposta do Santo Padre: «Temos de nos preparar, muito em breve, para grandes provas, provas essas que podem exigir de nós o sacrifício da nossa própria vida e a entrega total a Cristo e por Cristo! Este momento pode ser atenuado através das vossas e das nossas orações, mas não pode mais ser evitado, porque só desta forma é que se concretizará a renovação efectiva da Igreja. Quantas vezes é que a renovação da Igreja proveio do sangue. Também desta vez não sucederá de forma diferente. Sejamos fortes, preparemo-nos e confiemos em Cristo e na Sua Mãe. Rezemos muito e com muita assiduidade o Terço».




Notas importantes:

A respeito das palavras de São João Paulo II sobre a terceira parte do Segredo de Fátima, parecem-nos relevantes as seguintes entradas.

1)    Entrevista feita à Irmã Lúcia em 1957 na qual a última vidente de Fátima fala do “castigo tremendo com o que Deus vai castigar o mundo” e da Rússia como instrumento desse castigo:

2)    As revelações à Beata Elena Aiello (1954-1961), alma vítima e estigmatizada, beatificada pelo Papa Bento XVI em 2011, cujo conteúdo vai na linha dos avisos feitos em Fátima sobre o castigo divino sobre a humanidade impenitente:

3)    As três mensagens que Nossa Senhora deu à humanidade em 1973, em Akita, no Japão, e que Joseph Ratzinger disse serem a continuação da Fátima:

4)    A mensagem que Nossa Senhora deu ao mundo por meio do P. Stefano Gobbi, na qual explica o significado do “Dragão Vermelho” do capítulo 12 do Livro do Apocalipse, que é o Comunismo marxista, em tanto que representa a suma de ensinamentos sobre o mundo, o homem e Deus (que não existe) que são diametralmente opostos aos de nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus e Salvador:


A respeito das palavras de São João Paulo II sobre a grande prova da Igreja, parecem-nos relevantes as seguintes entradas.

1)    Catecismo da Igreja Católica, nos 675-677, sobre a “última prova da Igreja”:

2)    As revelações à Beata Ana Catarina Emmerich (1774-1824), alma víctima e estigmatizada, beatificada pelo Pp. São João Paulo II em 2004, sobre a última prova da Igreja:

3)    A Aparição de Nossa Senhora em La Salette, França, 1846, onde Nossa Senhora disse literalmente que “Roma perderá a fé e se converterá na sede do Anticristo”:

4)    Encíclica Humanum genus, do Pp. Leão XIII, 1884, sobre a Maçonaria:
2. «Eles estão a planear a destruição da santa Igreja publicamente e abertamente, e isso com o propósito estabelecido de despojar completamente as nações da Cristandade, se isso fosse possível, das bênçãos obtidas para nós através de Jesus Cristo nosso Salvador».
10. «Pois, daquilo que Nós acima mostramos da maneira mais clara, aquele que é o seu propósito último força-a a se tornar visível - especificamente, a completa derrubada de toda a ordem religiosa e política do mundo que o ensinamento Cristão produziu, e a substituição por um novo estado de coisas de acordo com as suas ideias, das quais as fundações e leis devem ser obtidas do mero naturalismo».
12. «E desde que é o dever especial e exclusivo da Igreja Católica estabelecer completamente em palavras as verdades divinamente recebidas, ensinar, além de outros auxílios divinos à salvação, a autoridade de seu ofício, e defender a mesma com perfeita pureza, é contra a Igreja que o ódio e o ataque dos inimigos é principalmente dirigido».

5)    As palavras do Venerável Arcebispo de Nova York, Fulton J. Sheen, sobre o nascimento da “contra-igreja” (1948):

6)    A mensagem de Nossa Senhora deu ao mundo por meio do P. Stefano Gobbi, na qual explica o significado da “Besta semelhante a um cordeiro” do capítulo 13 do Livro do Apocalipse, que é a obra da maçonaria infiltrada na Santa Igreja para destruí-la.