Modelo de Grande Mártir Católico - São João Ogilvie 1579-1615
São João Ogilvie, mártir da fé católica. Nasceu na Escócia, em 1579, duma nobre família que aderiu à separação da Igreja da Inglaterra com a de Roma.
Educado numa rígida doutrina calvinista (protestante), São João, com treze anos, foi enviado para a França e Alemanha por causa dos estudos. Ao se deparar com o testemunho de vida dos católicos, iniciou uma crise espiritual, que se findou na sua conversão ao catolicismo, que implicava na época, a ruptura com a família e a perda de seu sustento.
Mesmo com a certeza de ser perseguido em sua pátria, João abraçou a Igreja Católica, pois, de grande honestidade intelectual, decidiu-se radicalmente por reconhecer que caminhava para a verdade, vontade e convite de Deus. Mais tarde entrou na Companhia de Jesus, onde chamava a atenção pela sua serenidade e alegria de viver. Chegou ao Sacerdócio, o qual pôde também exercer na Escócia, de modo clandestino devido a perseguição, mas de forma corajosa e santa, até ser preso por professar sua fé ao Cristo, a verdade e amor ao Papa; por isso foi humilhado, condenado e martirizado em 1615.
Portanto, essa ponta do “iceberg Cisma” que hoje se torna visível, já estava despontando há mais de 37 anos. E não nos escandalizemos, porque é profético. Antes da Gloriosa chegada do Divino ESPOSO, deverá também Sua Esposa, juntamente com toda a humanidade, passar por uma fortíssima Purificação, denominada Apocalipse.
“Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os Seus Mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Aquele, porém, que guarda a Sua Palavra, nele o amor de DEUS é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos NELE, aquele que afirma permanecer NELE deve também viver como ELE viveu.” (1 Jo. 2, 4-6)
“Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do PAI. Porque tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida – não procede do PAI, mas do mundo. O mundo passa com as suas concupiscências, mas quem cumpre a Vontade de DEUS permanece eternamente.” (1 Jo. 2, 15-17)
No entanto, irmãos, nesta terrível época de contestação ao Santo Padre, o ungido de nosso Senhor JESUS CRISTO, e que gradualmente vai se caracterizando num monstruoso Cisma, compete-nos seguir os passos de Ogilvie.
“A dez de março de 1615, foi martirizado, em Glasgow - Escócia, o Bem aventurado João Ogilvie. Durante o processo o forçaram a ficar sem dormir, por oito dias e nove noites consecutivas.
Foi condenado à morte, porque confessara que o Chefe da Igreja era o Papa, e não o rei Jacó I.
A caminho para o cadafalso encontra-se com o pastor protestante que lhe diz:
- Ó, como eu o lastimo, Ogilvie, que agora vais ser entregue a uma morte tão cruel.
Responde-lhe o mártir, fingindo medo:
- O senhor fala como se estivesse em mim escapar da morte. Sou condenado à morte por crime de lesa majestade.
- Que nada, diz-lhe o pastor, nem fales disto, fostes condenado à morte por ser papista. Renega o Papa e até serás principescamente remunerado!
- O senhor está zombando de mim... O senhor está falando sério? Pergunta-lhe, Ogilvie.
- Sim, estou falando sério, fala-lhe com entusiasmo o protestante.
Fui encarregado, continuou o pastor, pelo arcebispo protestante para oferecer-lhe sua filha em casamento e um rico benefício, se apostatares. Poupe sua bela vida, tenha compaixão de si mesmo...
Chegando ao cadafalso, Ogilvie diz ao pastor protestante:
- Gostaria que o senhor, aqui publicamente, repetisse as promessas que me acaba de fazer. E grita, para que toda a multidão ouça: Ouvi o que o vosso pastor vai dizer!
E o pastor clama vitorioso em alta voz:
- Em nome do nosso arcebispo, prometo-lhe a vida, se apostatar; prometo-lhe a filha do arcebispo...
- Ouvistes? Querem ser minhas testemunhas? Pergunta Ogilvie.
- Sim, ouvimos, somos tuas testemunhas! Vem, desce ligeiro do cadafalso.
Os católicos estão apavorados...
E continua a perguntar o mártir:
- E não precisarei temer que para o futuro me irão acusar de lesa, majestade?
- Não! Não! Grita delirante a grande multidão de protestantes: Nós ouvimos as promessas, seremos tuas testemunhas... desce, desce, Ogilvie!
- Então, é só por causa da religião que estou aqui diante da morte? Pergunta o mártir.
- Só e unicamente! Clama a uma voz, a imensa multidão.
- Ah! Se é assim, basta. Estou pronto a dar cem vidas. A minha santa e verdadeira Religião não me podeis roubar, confessa o mártir de CRISTO.
Os hereges rangem os dentes de raiva, e os católicos exultam. O Padre beija a forca e abraça, consolando, o algoz.
Antes que lhe fossem amarradas as mãos, tira o Terço, que tantas vezes rezara pela conversão dos protestantes e lança-o por entre a multidão, para que um católico o apanhasse.
Mas o Terço foi dar em cheio, no peito do barão João Von Eckersdorf, calvinista.
Era alemão, estava de viagem, e “por acaso” se achava em Glasgow, no dia do martírio de Ogilvie. Os católicos pularam sobre o barão, e lhe arrancaram o Terço!
Depois de alguns anos, narra o próprio barão:
“Eu era protestante, e de forma alguma queria converter-me ao catolicismo, mas, desde aquele momento, em que caiu no meu peito o Terço do Mártir, comecei a ter sérias dúvidas sobre a minha seita. Parecia que o Terço me tivesse aberto uma grande ferida. O pensamento do Terço nunca mais me deixou em paz. Quatro anos depois entrei na Igreja Católica. A minha conversão eu a atribuo ao Terço do Mártir Padre João Ogilve, S.J.”
“Foi-lhe dado, também, fazer guerra aos santos e vencê-los.
(...) Ouvi, então, uma voz forte saindo do Templo, que dizia aos sete Anjos: “Ide, e derramai sobre a terra as sete taças da Ira de DEUS”.
(...) O demônio, sedutor delas (nações), foi lançado num lago de fogo e de enxofre, onde já estavam a Fera² e o falso profeta³, e onde serão atormentados, dia e noite, pelos séculos dos séculos.” (AP. 13,7; 16,1; 20,10)
Senhor lhe agradeço por pertencer a sua Santa, Mãe Igreja - A noiva única e imaculado do Cordeiro.
Louvado seja nosso SENHOR JESUS CRISTO!
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