Quero eu que seja sim, da parte de Deus este dom e não dos homens. Pois não vejo isto com mau olhos mas com boa vontade, mais não vou buscar o que é do meu agrado, mas o que é verdadeiro. Não quero eu discordar deste Sábio sacerdote a quem admiro e muito tem engrandecido a minha fé na Igreja, assim como a segurança e a certeza no que ela ensina, tenho nele o exemplo de Padre para os demais. Mas como quase caí no lamaçal do protestantismo, me agarro no parecer da Igreja sempre, já que este tema estar controverso e polemico, e a Igreja não se manifestou a respeito do mesmo ainda, Quero usar a santa prudência, e não vou afirma nada, e nem usar minha interpretação das sagradas escrituras sobre o mesmo, mas irei colocar a opinião dos pais da Igreja, que acredito que com veemência que eles tem mais autenticidade e propriedade para falar sobre o tema. quero apenas a verdade nada mais. por isto é importante estudar e não ser negligente, para não aceitar apenas o que é agradável aos nossos ouvidos. Se este avivamento pentecostal de oração de línguas aconteceu nos tempos dos pais da Igreja, e se eles tem alguma opinião sobre este tema, devemos saber, pois sabemos que os pais da Igreja foram e são testemunhas oculares da doutrina integral da Igreja, através deles poderemos descobrir e entender melhor, se os que ensinam hoje a respeito deste dom, estão em comunhão com eles e a Igreja. Veremos o que os pais da Igreja ensinaram sobre o mesmo. Assim poderemos saber se esta doutrina estar no mesmo entendimento dos pais da Igreja, desta forma ficara mais claro se isto vem da sagrada tradição ou é algo novo.
OS PADRES DA IGREJA E O “DOM DE LÍNGUAS”
Vemos que se recuarmos para tempos anteriores à santo Tomás, ao tempos dos Padres da Igreja veremos que os que eles ensinam sobre o assunto nada tem haver com o que acontece hoje no movimento pentecostal, a respeito desta dita oração de línguas, foi até criticada pelos mesmos como herética, e que estar mais para uma novidade, algo novo, que não estar enraizado na vivencia e na pratica da Igreja.
Pois se observarmos a historia da Igreja, vemos que se trata de algo não vivido pela mesma no seu inicio e nem na sua historia, se tratando assim de uma interpretação nova, um sopro de uma doutrina que hoje soa nos nossos ouvidos. vemos que esta interpretação sobre este dom, teve seu inicio nos heréticos que se apartaram da comunhão da Igreja. Já a respeito do dom de línguas os pais da Igreja ensinavam que se tratava de línguas estrangeiras, e não de uma linguagem sem sentido, mais sim de uma linguagem que poderia ser aproveitada isto é que os estrangeiros poderiam ser evangelizados pelos discípulos que não conheciam seus idiomas. estando claro que foram os rebelados que quem trouxe esta doutrina de orar em uma língua sem formação de palavras lingüísticas. Estando bem claro na historia do Cristianismo que não foram os pais da Igreja que ensinaram sobre esta interpretação e nem o magistério da Igreja, e sim os que provocaram divisões na Igreja, que foram os primeiros a falar sobre isto, os primeiros a ensinar os homens. Não foi a Igreja e sim os heréticos. Não é por acaso que muitos que saíram da Santa Igreja, buscaram estas coisas nestas seitas, de onde estes ditos dons se iniciaram.
RECORREMOS AGORA O QUE OS PAIS DA IGREJA DIZEM A RESPEITOS DISSO.
No séculos II, Santo Irineu (c.115-200) se refere a uma fala extática não-idiomática, do tipo que os pentecostais praticam hoje. Descreve e condena as ações de um certo Marcos que “profetizava”, sob influência “demoníaca”. Marcos compartilhava o seu “dom” e outros também “profetizavam”. Seduzia mulheres e lhes prometia o carisma. Quando a recebiam, falavam algo sem sentido:
“Então ela, de maneira vã, imobilizada e exaltada por estas palavras e grandemente excitada… seu coração começa a bater violentamente, alcança o requisito, cai em audácia e futilidade, tanto quanto pronuncia algo sem sentido, assim como lhe ocorre”. (Contra Heresias I, XIII, 3)
Irineu também se refere ao dom de línguas dos apóstolos e da época em que vivia. Cita II Co. 2:6, explicando que “os perfeitos” falam em “todos os tipos” as línguas:
“… nós também ouvimos muitos irmãos na Igreja,… e que através do Espírito, falam todos os tipos de línguas, e trazem à luz para o benefício geral as coisas escondidas dos homens, e declaram os mistérios de Deus…”. (Contra Heresias V,VI,1)
Ao informar que falam todos os tipos de língua, Irineu parece se referir a línguas que admitem classificação e não as loucuras e blá, blá, blás pentecostais. O curioso é que o movimento de herético de Montano (c.150-200) envolveu um êxtase religioso, com elocuções não-idiomáticas, semelhantes à pseudo-glossolalia pentecostal.
De acordo com descrições registradas por Eusébio (c.265-?), Montano entrou em uma espécie de delírio e balbuciava “coisas estranhas”. Ele “encheu” duas mulheres com o “falso espírito”, e elas falaram “extensa, irracional e estranhamente”:
“ficou fora de si e [começou] a estar repentinamente em uma sorte de frenesi e êxtase, ele delirava e começava a balbuciar e pronunciar coisas estranhas, profetizando de um modo contrário ao costume constante da igreja (…) E ele, excitado ao lado de duas mulheres, encheu-as com o falso espírito, tanto que elas falaram extensa, irracional e estranhamente, como a pessoa já mencionada.” (História da Igreja V,XVI:8,9 )
Depreende-se deste texto que o fenômeno lingüístico montanista envolvia: (a) uma forte expressão emocional, deduzida das menções de “êxtase”, “frenesi” e delírio; (b) o texto indica uma linguagem não-idiomática, de “balbucios”, e um falar “estranho”, “irracional”. Tomadas em conjunto, estas características assemelham-se à glossolalia pentecostal. A comparação torna-se tão evidente, ao ponto de o montanismo ser apelidado de “protótipo dos pentecostais”. Sabe-se que a “glossolalia” montanista se tratava de uma reminiscência dos excessos frígios. Sob esta ótica, a glossolalia pentecostal perdeu o apoio da igreja do segundo século e se alinhou com uma religião não-cristã da mesma época.
Orígenes (c.195-254) em sua época, se opôs a um certo Celso, que clamava ser divino, e falava línguas incompreensíveis:
“A estas promessas, são acrescentadas palavras estranhas, fanáticas e completamente ininteligíveis, das quais nenhuma pessoa racional poderia encontrar o significado, porque elas são tão obscuras, que não têm um significado em seu todo.” (Contra Celso, VII:9)
Uma linguagem ininteligível soa “estranha”, “obscura” e “fanática” para Orígenes. Assim como para Irineu e mais tarde foi para Eusébio. Para Orígenes, as palavras “completamente ininteligíveis”, eram mais o subproduto de uma distorção religiosa.
Arquelau, bispo de Carcar no fim do segundo século comenta sobre o dom de línguas no Pentecostes. O contexto indica uma identificação como idiomas naturais. Para Arquelau, Mane era incapaz de conhecer a língua dos gregos porque não possuía o dom de línguas do Espírito, que o capacitaria a entendê-las:
“Ó seu bárbaro persa, você nunca foi capaz de conhecer a língua dos gregos, dos egípcios, ou dos romanos, ou de qualquer nação, (…). Pelo que diz a Escritura? Que cada homem ouvia os apóstolos falarem em sua própria língua através do Espírito, o Parácleto”. (Disputa com Mane, XXXVI)
Na Didaquê Siríaca comenta-se o evento do Pentecostes. Os discípulos estavam preocupados sobre como iriam pregar ao mundo, se eles não conheciam os idiomas. Então, receberam o dom de falar idiomas estrangeiros e foram para os países onde esses idiomas eram falados:
“de acordo com a língua que cada um deles tinha diferentemente recebido, para que a pessoa se preparasse para ir ao país no qual a língua era falada e ouvida”. (Didaquê Síriaca, seção introdutória).
No século IV, Cirilo (c.315-387), em seus Sermões Catequéticos (sermão XVII: 16), interpreta o dom de línguas do Pentecostes como idiomas estrangeiros. Isto indica que, pelo começo do quarto século, a glossolalia apostólica também era tida como um idioma comum. Cita por nome alguns idiomas falados pelos apóstolos:
“O galileu Pedro ou André falavam persa ou medo. João e o resto dos apóstolos falavam todas as línguas para aquela porção de gentios (…) Mas o Santo Espírito os ensinou muitas línguas naquela ocasião, línguas que em toda a vida deles nunca conheceram”
Para Gregório Nazianzeno (c.330-390), o dom de línguas em Atos também se referia a idiomas estrangeiros: “Eles falaram com línguas estranhas, e não aquelas de sua terra nativa; e a maravilha era grande, uma língua falada por aqueles que não as aprenderam”. Gregório ainda argumenta que o dom foi de falarem línguas estrangeiras e não dos ouvintes as entenderem. Segundo ele, se fosse assim, o milagre não seria dos que “falam” em línguas, mas “dos que ouvem”. (Do Pentecostes, oração XLI:16)
Ambrósio (330-397), embora não discuta a natureza do dom de línguas, ressalta que cada pessoa recebe dons espirituais diferentes. Para ele,
“todos os dons divinos não podem existir em todos os homens, cada um recebe de acordo com a sua capacidade ao deseja ou merece” (Do Espírito Santo II, XVIII, 149)
Se Ambrósio também quer dizer com isto que o falar em línguas não se manifesta em todos os cristãos, a citação pode se confrontar e divergir completamente com a posição pentecostal de que todos devem ter “o” dom de línguas.
São João Crisóstomo (347-406) é o primeiro a interpretar detidamente a glossolalia em I Coríntios. Em sua conhecida retórica de orador, questiona a ausência do dom de línguas: “Por que então eles aconteceram, e agora não mais?” São João Crisóstomo detalha sua explicação. Ele vê o dom de línguas do N.T. como um fenômeno reverso ao da Torre de Babel. Os discípulos receberam o dom porque deveriam
“ir afora para todos os lugares (…) e o dom era chamado de dom de línguas porque ele poderia falar de uma vez diversas línguas”.
Comentando I Co. 14:10, aplica a passagem à diversidade de idiomas: “i.e., muitas línguas, muitas vozes de citianos, tracianos, romanos, persas (…) inumeráveis outras nações.” E sobre I Co. 14:14, São João Crisóstomo sublinha que aquele que fala em línguas não as entende, porque não conhece o idioma em que fala:
“Pois se um homem fala somente em persa ou outra língua estrangeira, e não entende o que ele diz, então é claro que ele será para si, dali em diante, um bárbaro (…) Pois existiam (…) muitos que tinham também o dom da oração, junto com a língua; e eles oravam e a língua falava, orando tanto em persa ou linguagem latina, mas o entendimento deles não sabia o que era falado”.98 (Homilias na Epístola de Paulo aos Coríntios, capítulo XXXV).
Para Agostinho (354-430), o dom de línguas concedido aos apóstolos no Pentecostes se tratava da capacidade sobrenatural de falar línguas estrangeiras. Demonstra que, no período apostólico, o Espírito operava…
“sensíveis milagres… para serem credenciais da fé rudimentar”99 (Contra os Donatistas: Sobre o Batismo, III:16).
Agostinho reforça o dom de línguas como idiomas naturais. Eram línguas que os discípulos“ não tinham aprendido”. E, na pregação posterior, o…
“evangelho corria através de todas as línguas”.100 (A Epístola de João, Homilia VI:10)
Algo a se notar nos Padres da Igreja é a completa ausência do dom de línguas do tipo pentecostal. Percebe-se que na Igreja do tempo dos Padres, o dom de línguas não esboçava qualquer centralidade, ou mesmo relevância como possui hoje em dia para a heresia pentecostal. Caso o dom de línguas fosse fundamental na doutrina apostólica como evidência do batismo do Espírito Santo, teria certamente teria feito parte dos credos e da tradição dos Padres da Igreja.
Os pentecostais, ignorantes em História da Igreja, se estudassem um pouco, a fim de aprender os rudimentos do saber, perceberiam a ausência de um eco patrístico em favor da glossolalia do tipo pentecostal. Em segundo lugar, descobririam que a Igreja católica é a única Igreja de Jesus Cristo.
Logo, num prisma negativo, pseudo-glossolalia pentecostal considerados neste artigo não encontram suporte nos Pais da Igreja: (1) A glossolalia não-idiomática (a) não foi considerada como dom do Espírito; (b) foi rejeitada pela igreja da época; (c) revelou origens e feições não-cristãs. Tida como principal manifestação lingüística do pentecostalismo, a glossolalia não-idiomática encontra reprovação no conjunto dos Pais da Igreja.
O que os Grandes Santos nos dizem do “Dom de Línguas”
Santo Antônio
“ E todos estiveram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em diversas línguas, segundo o Espírito Santo lhe dava a falar”. Falavam todas as línguas; ou também falavam sua língua hebréia, e todos os entendiam, como se falassem na língua de cada um dos ouvintes”
(PÁDUA, Santo Antônio de. Sermones, Tomo I. Domingo de Pentecostes (I). Buenos Aires:El mensajero de san Antonio, 1995, p. 333.)“Sobre todas memorável ficou a pregação, que o santo franciscano fez no dia da Ressurreição. Tinham afluído, como vimos, a Roma gentes das diversas regiões e nacionalidades da terra, como latinos, gregos, alemães, franceses, ingleses e de outras línguas. Pregou também Santo Antônio, segundo a vontade do sumo Pontífice, naquela grande solenidade; e este seu sermão foi um digno remate e coroa aos seus triunfos oratórios. Inflamado pelo Espírito Santo, anunciou a palavra de Deus de um modo tão eficaz, devoto e penetrante, e com tal suavidade, clareza e inteligência, que todos os presentes, apesar da diversidade das línguas, lhe entenderam as palavras, tão clara e distintamente, como se houvesse pregado na língua de cada um” (MARTINS (S.J), Manuel Narciso. Vida de Santo Antônio. Bahia: Duas Américas, 1932, p. 74
São Francisco Solano
“São Francisco Solano, cuja festa comemoramos no dia 14, santo genuinamente franciscano, aprendeu milagrosamente em 15 dias o dialeto de uma tribo indígena. Adquiriu também o dom das línguas, falando em castelhano a índios de tribos diferentes, sendo entendido como se estivesse expressando-se no dialeto de cada um. Uma vez, por exemplo, estando em San Miguel del Estero durante as cerimônias da Quinta-Feira Santa, veio uma terrível notícia: milhares de índios de diversas tribos, armados para a guerra, avançavam para atacar a cidade. A balbúrdia foi geral. Só Frei Francisco, calmo, saiu ao encontro dos selvagens. Estes, que o respeitavam, pararam para o ouvir. E cada um o entendeu em sua própria língua. Ficaram tão emocionados, que um número enorme deles pediu o batismo. No dia seguinte, viu-se essa coisa portentosa: ao lado dos espanhóis, esses índios convertidos participavam da procissão da Sexta-feira Santa, flagelando-se por causa de seus pecados.”
Como bem disse São Tomás de Aquino, Deus deu o Dom de línguas aos APÓSTOLOS para que eles pudessem evangelizar o mundo, se eles só falavam hebraico como iriam levar o evangelho ao MUNDO todo, se em todo lugar cada um fala um idioma diferente? Assim diz o doutor angélico:
Vemos isto quando SantoTomás de Aquino ,ao comentar o Capítulo XIV da primeira carta de São Paulo aos Coríntios, escreveu:“Quanto ao dom de línguas, devemos saber que como na Igreja primitiva eram poucos os consagrados para pregar ao mundo a Fé em Cristo, a fim de que mais facilmente e a muitos se anunciasse a palavra de Deus, o Senhor lhes deu o dom de línguas” (S. Tomas de Aquino, Comentário a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pag 178.)
Vê-se, portanto, que o dom de línguas foi dado aos primeiros cristãos para que anunciassem a religião verdadeira com mais facilidade.
Continuando a análise de São Tomás de Aquino:
“Porém, os coríntios, que eram de indiscreta curiosidade, prefeririam esse dom ao dom de profecia. E aqui, por ‘falar em línguas’ o Apóstolo entende que em língua desconhecida e não explicada: como se alguém falasse em língua teutônica a um galês, sem explicá-la; esse tal fala em línguas. E também é falar em línguas o falar de visões tão somente, sem explicá-las, de modo que toda locução não entendia, não explicada, qualquer quer seja, é propriamente falar em língua” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 178-179).
Temos aqui uma consideração importante. Para São Tomás, o “falar em línguas” pode ser entendido de duas formas:
a) falar em uma língua desconhecida, mas existente, como no caso de Pentecostes, no qual pessoas de várias línguas compreendiam o que os apóstolos pregavam.
b) a pregação ou oração sobre visões ou símbolos.
E o doutor angélico confirma isso mais adiante:
“ ‘suponhamos que eu vá até vós falando em línguas’ (I Co 14, 6). O qual pode entender-se de duas maneiras, isto é, ou em línguas desconhecidas, ou a letra com qualquer símbolos desconhecidos” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 183).
Haja vista que a primeira forma de falar em línguas é suficientemente clara – ou seja, que é um milagre pelo qual uma pessoa, que tem por ofício pregar às almas, fala numa língua existente sem nunca a ter estudado – consideremos a segunda forma de manifestação desse dom, segundo São Tomás.
Neste caso, falar em línguas é uma simples predicação numa linguagem pouco clara, como, por exemplo, falar sobre símbolos, visões, em parábolas, etc:
“(...) se se fala em línguas, ou seja, sobre visões, sonhos (...)” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 208).
E ainda:
[lhes falarei] “ ‘Em línguas estranhas’, isto é, lhes falarei obscura e em forma de parábolas.” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 200. Tradução e grifos nossos).
“(...) em línguas, isto é, por figuras e com lábios (...)” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 200).
Quem assim procede, isto é, usa de símbolos nas práticas espirituais, tem o mérito próprio da prática de um ato de piedade. Caso o indivíduo compreenda racionalmente o que diz, lucra, além do mérito, o fruto intelectual da ação. Assim, ‘falar em línguas’ sem fruto para o intelecto é, por exemplo, rezar o Pai-Nosso sem a compreensão devida dos mistérios nele encerrados:
“Quem faça sua oração salmodiando ou dizendo o Pai-Nosso, porém não se entendendo o que se diz, este tal ora em línguas.” (Santo Tomas de Aquino, Comentario a la primera espistola a los Conrintios, Tomo II, pg 190).
Existe até mesmo um documento oficial da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos no Brasil), intitulado "Orientações Pastorais Sobre a Renovação Carismática Católica", Documento 53, com recomendações disciplinando certas práticas místicas no contexto da RCC, e condenando esta prática!
Eis abaixo, um trecho do referido documento:
"63 - Orar e falar em línguas: (...) Como é difícil discernir, na prática, entre inspiração do Espírito Santo e os apelos do animador do grupo reunido, não se incentive a chamada oração em línguas e nunca se fale em línguas sem que haja intérprete."
http://afeexplicada.wordpress.com/2011/06/07/o-dom-de-linguas-por-sao-tomas-de-aquino/
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