A verdade é esta, qualquer um que tentar encontrar Cristo ou salvação em um livro, não encontrará nada.
As escrituras não salvam, nunca salvaram e nunca salvarão ninguém.
- O próprio Cristo afirma para não procurá-lo em escritos, não é na letra que se encontra a verdade e a salvação:
"Vós perscrutais as Escrituras, julgando encontrar nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de mim."
(São João, 5 39)
- Sua revelação e verdade são tão grandiosas que transcendem qualquer tentativa de colocá-los em livros:
"Fez Jesus, na presença dos seus discípulos, ainda muitos outros milagres que não estão escritos neste livro."
(São João, 20, 30)
"Jesus fez ainda muitas outras coisas. Se fossem escritas uma por uma, penso que nem o mundo inteiro poderia conter os livros que se deveriam escrever."
(João 21, 25)
“Tenho muitas outras coisas para escrever-vos, porém, não quero fazê-lo por tinta e papel, pois espero ir até vós e falar-lhes face a face, para que vossa alegria seja perfeita.”
(II São João 1, 12)
- Pedro afirma claramente que pessoas pouco instruídas ou não firmes podem deturpar as escrituras para a própria ruína:
“Assim vos escreveu também o nosso caríssimo irmão Paulo, segundo a sabedoria que lhe foi dada, falando-vos dessas coisas, como faz também em todas as suas cartas. Nelas há, porém, alguma coisa difícil de compreender, que as pessoas pouco instruídas ou pouco firmes deturpam, como fazem também com as outras escrituras, para sua própria ruína”
(II São Pedro 3, 15-16)
- Se eu depositar completamente minha fé nas escrituras, com certeza me distanciarei de Deus. Pois como eu não serei herético atribuindo-me falsa autoridade para dizer a mim mesmo, o que é certo ou errado consoante a minha própria vontade e inclinações? Obviamente buscar a salvação nas escrituras é algo impraticável e impossível.
- Os primeiros cristãos já sabiam muito antes que não haveria salvação por escrito, até porque Cristo não fundou uma gráfica, mas sim UMA Igreja, onde constituiu um magistério vivo, isto é, escolheu certo número de homens, aos quais confiou o munus e o ofício de pregar a sua doutrina, obrigando todo o mundo a neles crer. Eis as provas:
"Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide pois, institui as gentes... ensinando-as a observar tudo o que vos mandei; e eis que eu estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos."
Ainda mais: "Ide, pregai o Evangelho por todo o mundo. Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer, será condenado."
"Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, a mim rejeita, e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou."
- De fato, quando se tratou de colocar Matias no lugar de Judas que tinha prevaricado, afim de que pudesse pregar com os demais Apóstolos, recorreu-se a uma eleição. (Atos, 1, 23). Ora, esta não teria sido necessária, se Jesus tivesse confiado a todos os cristãos o ofício de pregar sua doutrina, pois Matias, já mesmo antes da eleição, era cristão, discípulo de Jesus Cristo.
- Portanto, a letra escrita não contém toda a fé e verdade, bem como não é auto-suficiente para evitar o engano, então o sola scriptura, fundamento do castelo protestante, é uma mentira.
- O cristianismo jamais foi uma religião do livro, até porque livros só se tornaram acessíveis a toda gente muito recentemente na história moderna, mas os cristãos sempre integraram o Corpo do Senhor, de um Deus Vivo, onde é a Igreja, a coluna e o fundamento da Verdade para todo aquele que crê (I Timóteo 3, 15).
Porque já é manifesto que vós (a Igreja) sois a Carta de Cristo, ministrada por nós (Apóstolos), e escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração (...); o qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.
(2Cor 3,3.6)
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