FILME "LUTERO" - LUTERO PREGADOR: SERMÃO AMOROSO E DE CONFIANÇA
Índice do Filme Lutero
Segundo o filme, o herói popular é também orador eficiente, e que fala só de amor e de confiança, em oposição à Igreja tenebrosa e punitiva. No entanto, esqueceram de mostrar que em 1530, Lutero recusou-se a pregar no púlpito, devido “seu desgosto com a indiferença do povo em relação à palavra de Deus”. O editor (luterano) da coleção de Weimar comentou então que “a única explicação possível para esse passo é patológica.” (Grisar: 382)
O sermão de Lutero no filme é sempre de confiança em Deus, de fé e de amor; porém o Lutero histórico era bem diferente, como quando tira as conclusões de seu absurdo servo arbítrio, como já tratado: "Deus age sempre como um louco" (Brentano: 111)
O filme também não mostra Lutero blasfemando acerca de Nosso Senhor, contra os Sacramentários: “Pensais, sem dúvida, que o beberrão Cristo, tendo bebido demais na ceia, aturdiu os discípulos com uma vã tagarelice?” (Brentano: 135)
E ainda, violento e mais blasfemador: “Certamente Deus é grande e poderoso, pensa Lutero, e bom e misericordioso e tudo quanto se pode imaginar nesse sentido, mas é estúpido” (Deus est stultissimus; Propos de table n. 963, ed. De Weimar, I,487)” (Brentano: 147)
Brentano mesmo, um notório admirador de Lutero, reconhece: “Nas crises de nervosismo na sua natureza tão perigosamente impetuosa e impulsiva, o ilustre reformador aflige e desconcerta os biógrafos, mesmo aqueles em que provocou sincera admiração” (Brentano: 165)
Mas tem mais, porque Lutero era tão pródigo em baixezas e blasfêmias quanto os luteranos em colocar palavras leves em sua boca: “Sabes como Deus procede para se conservar o regente da humanidade? Paralisa os velhos e cega os jovens, e com isto se conserva mestre. (Propos de table, n. 2115 B)” (Brentano: 148)
Os luteranos de hoje podem controlar num roteiro meticuloso as falas de Lutero. Que prodígio! Da falta de um roteiro se ressentem os luteranos de ontem que não podiam segurar a língua de seu mestre: “Tendo sido censurado pelo dr. Jonas, por ter insultado Deus em seu Salmo Quare fremuerunt gentes, Lutero responde: (Propos de table, n. 2505 B): - Certamente, mas qual o profeta que não insultou Deus?" (Brentano: 148)
A Bíblia ensina o contrário: “Se alguém pensa ser piedoso, mas não refreia a sua língua e engana o seu coração, então é vã a sua religião.” (Tg I, 26)
Os luteranos lamentam a falta de um roteiro para segurar o Lutero histórico na linha: “Se Deus não me perdoasse os pecados, eu os jogaria pela janela. (Propos de table, n. 2007)” (Brentano: 148)
E a brutal blasfêmia contra a pureza de Nosso Senhor, que embora vinda de Lutero, nunca teria lugar no seu filme: “Cristo, diz Lutero, cometeu adultério pela primeira vez, com a mulher da fonte, deque nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: “Que fez, então, comela?” Depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. AssimCristo, tão piedoso, também teve de fornicar, antes de morrer.(Propos de table, n. 1472,ed. De Weimar, II, 107)” (Brentano: 151)
Eis o arauto da paz, do amor, da confiança! Um blasfemador incensado pelo mundo moderno!
Contra ele, a Bíblia: “Pois, quem quer amar a vida, e ver os dias felizes, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano”. (1 Pe, III, 10)
Particularmente para aqueles que defendem o ecumenismo utópico, convém lembrar que Lutero dizia ser pior rezar a Missa Católica do que ser explorador de mulheres de má vida (sic!) ou assaltante! (Grisar: 222; Brentano: 86).
E para completar, é incrível que o próprio Lutero tenha confessado certas vezes que não acreditava em suas próprias doutrinas. É claro que ele dizia que as doutrinas eram de Cristo, e que mesmo ele duvidando não devia desistir delas: “E o que me espanta, acrescenta Lutero em termos verdadeiramente comovedores, é que eu não consiga compenetrar-me dessa doutrina de verdade e que meus discípulos julguem possuí-la na ponta dos dedos" (Propos de table, n.1351). Dizia aos comensais: “Tenho maior confiança em minha mulher e em cada um de vós do que em Cristo, embora nenhum de vós fizesse por mim o que o ser divino fez em meu favor: deixar-se crucificar e morrer.” (Propos de table, n 2397 b).(Brentano: 200-201)
O castigo para o soberbo e blasfemo era pois a confusão intelectual... O castigo para o imoral e antinomista era ainda a incerteza de salvação... Não! Lutero não foi feliz nem em vida, assim como todos os hereges.
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