Então o que ouve a final. A verdade é que Padre Cicero só se encontrou com o mesmo uma única vez na vida, logo essa narrativa e vinculação fica desmentida. Sendo essa única ocasião quando o nosso santo nordestino foi convidado pelo governo federal, para falar em nome do governo, para convidar lampião a se unir as tropas federais, contra Coluna Prestes, anos mais tarde o líder deste movimento se alinhou as ideais comunistas da antiga URSS.
Padre Cicero foi convidado, porque além de ser politico, sua santidade, carisma e simpatia era de conhecimento de todos, porem coube ao deputado Floro Bartolomeu, médico e aliado político do Padre Cícero, fazer o convite oficial ao bando de Lampião para se engajar no “Batalhão Patriótico”. No entanto, o deputado adoeceu e teve que viajar para cuidar da saúde, vindo mais tarde a óbito. Ficando assim Padre Cicero com um problema nas mãos: recepcionar o bandido e seus cabras na cidade e mais ainda, cumprir o que havia sido combinado entre Lampião e o deputado, com a devida aprovação do governo federal.
Padre Cicero não foi condizente com a vida de criminoso de lampião, exigiu que o mesmo abandonasse a vida de criminoso e largassem as armas após ajudar o país, é o que vemos no relato de estudiosos e historiadores.
Os bandidos, ajoelhados, teriam escutado o Padre tentar convencer seu líder de largar o cangaço logo após voltasse da campanha contra Prestes. Mandou-se então chamar o único funcionário federal disponível na cidade, o agrônomo Pedro de Albuquerque Uchoa, para redigir um documento que, supostamente, garantiria salvo-conduto ao bando pelos sertões.
Como já foi dito, foi ideia do governo, a qual convocou os chefes políticos locais, para formarem exércitos próprios e assim combater os rebeldes. No livro O General Góes Depõe, da década de 1950, o próprio general Góes Monteiro, chefe de estado-maior das operações contra a Coluna Prestes, assume que partiu dele a ideia de convocar jagunços e cangaceiros para fazer frente ao avanço de Prestes.
Portanto, o fato - ao que contam historiadores e pesquisadores - é que Lampião e Padre Cícero teriam ficado frente a frente apenas uma vez, em 1926, ficando assim a narrativa de macular a biografia do santo como amigo de criminosos fracassada. No mas, não existe barreira para um homem de Deus ter alguma relação com pecadores, pois Cristo também aproveitou a convivência para assim chamá-los a conversação. Padre Cicero não desperdiçou o momento, ao contrário do que alguns quiseram insinuar, ele aproveitou o momento, para convencê-los a saírem da vida de criminoso sendo ouvido pelos cangaceiros com todo o respeito e admiração.
Ali estavam, frente a frente, pela primeira e única vez, os dois maiores mitos de toda a história nordestina.
Lira Neto
O Governo federal não cumpriu parte do acordo, Lampião, talvez ou não por isso , tenha voltado para vida de criminoso, o mesmo, apos isso, tentou se encontrar com Padre Cicero outra vez, a qual o padre se recusou a fazê-lo.
No entanto, Padre Cicero foi fortemente criticado pela imprensa de Fortaleza, a qual usou o episódio como prova da proteção que o padre fazia a criminosos. A verdade ela sempre vem a tona e como meu Padrinho Cicero profetizou, que a Igreja que o perseguiu no passado, seria ela mesma que viria em sua defesa no futuro. O seu processo de beatificação estar cada vez mais adiantado. A história no final cumpri seu papel, de separar o que é lenda, folclore e narrativas da realidade. Padre Cicero não foi diferente de tantos santos de nossa história, a qual foram caluniados, perseguidos e muitas vezes mal compreendidos.
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