Milagre o Testemunho da Verdade

sábado, 7 de julho de 2012

Os embustes em torno das 95 teses de Lutero


Por Fernando Nascimento

A Mentira:

Conforme diversas fontes protestantes, em 31 de outubro de 1517, um sábado, véspera do dia de Todos os Santos, o monge Martinho Lutero teria afixado, no pórtico da igreja do castelo de Wit­tenberg, um texto contendo noventa e cinco teses, ou propos­tas para discussões. Essas teses criticavam vários pontos da dou­trina católica, bem como as indulgências concedidas pelo pa­pa Leão X, que queria vendê-las com o objetivo de terminar a construção da monumental basílica de São Pedro. Um co­mércio vergonhoso, letras de cambio da fé cristã, com o aval da misericórdia divina. Lutero extravasou a sua revolta:

"As rendas de todo o reino cristão estão sendo sugadas nessa insaciável basílica ... No futuro, todas as igrejas e palácios, muros e pontes serão construídos com o nosso dinheiro ... Nós, alemães, não podemos nos ocupar de São Pedro. Melhor seria que ela não fosse erguida, do que ver as nossas igrejas paroquiais espoliadas ... Por que o papa não constrói sozinho a São Pe­dro? Ele e mais rico do que Creso ... Faria melhor se vendesse a São Pedro e desse o dinheiro aos pobres ... "

A Verdade:

Puro Embuste. Esse dia “31 de outubro” foi malandramente escolhido para dia desta farsa, simplesmente porque é vespera do dia de todos os santos católicos, e os protestantes queriam implicar com os católicos e aproveitaram para "marcar" essa data como "Dia do evangélico".

Ora, Lutero ainda sendo católico, nada tinha contra a Igreja naquela época. Hoje, no Brasil, depois que perceberam o erro e a afronta, passaram a comemorar o "Dia Nacional do Evangélico" em 30 de novembro, um mês depois do que faziam antes.

Assegurou Gottfried Fitzer, no livro Was Luther wirklich sagte: nunca houve a propalada exposição publica das noven­ta e cinco teses. É uma coisa também posta em dúvida por dois historiadores, Erwin Iserloh e Klemens Houselmann. Do rela­to de Johannes Schneider, um criado de Lutero, é que se ex­traiu de maneira errada a notícia da afixação das teses. Não encontramos, em seu manuscrito, nenhuma referência a este fato. Lê-se apenas:

"No Ano de 1517, Lutero apresentou em Wittenberg-sobre­ o Elba, segundo a antiga tradição da universidade, certas sen­tenças para discussão, porem modestamente e sem haver dese­jado insultar ou ofender alguém."

Por aí vê-se que a desonestidade protestante transformou um reles trabalho universitário para discussão em “poderoso documento contra a doutrina e abuso da Igreja”. Deus tenha piedade destas almas perversas.

Lutero em suas teses jamais critica as indulgências, antes as defende, assim como defende ao papa do que acusam hoje seus desonestos filhos protestantes. Em nenhum momento ele afirma que o papa vendia indulgência para “terminar” a construção da basílica.

Tudo isso não passa de uma farsa que engana os protestantes até hoje. Sabe-se que esta lenda da afixação das teses, foi inventada mais tarde, após a morte de Lutero, pelo alemão Melanchthon, em 1546. Provou-se que ele, Melanchthon, em 1517, estava na cidade de Tünbigen, e não em Wittenberg.

A frase acima, atribuída a Lutero, é outra grande mentira criada pelos protestantes tardios, uma simples leitura das 95 teses de Lutero à anula.

Diz Lutero em suas teses desmoralizando seus filhos aleivosos:

7. Deus não perdoa o pecado a ninguém sem fazê-lo sujeitar-se humildemente ao sacerdote, que é seu representante.

9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.

38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa não deve ser desprezado, pois – como disse – é uma declaração da remissão divina.

50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.

51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa estaria disposto – como é seu dever – a dar do seu dinheiro àqueles muitos de quem alguns pregadores de indulgências extorquem ardilosamente o dinheiro, mesmo que para isto fosse necessário vender a Basílica de S. Pedro.

53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles que, por causa da pregação de indulgências, fazem calar por inteiro a palavra de Deus nas demais igrejas.

70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de observar com os dois olhos e atentar com ambos os ouvidos para que esses comissários não preguem os seus próprios sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos pelo papa.

71. Seja excomungado e amaldiçoado quem falar contra a verdade das indulgências apostólicas.

73. Assim como o papa, com razão, fulmina aqueles que, de qualquer forma, procuram defraudar o comércio de indulgências,

74. muito mais deseja fulminar aqueles que, a pretexto das indulgências, procuram fraudar a santa caridade e verdade.

77. A afirmação de que nem mesmo São Pedro, caso fosse o papa atualmente, poderia conceder maiores graças é blasfêmia contra São Pedro e o Papa.

78. Dizemos contra isto que qualquer papa, mesmo São Pedro, tem maiores graças que essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as graças da administração (ou da cura), etc., como está escrito em I.Coríntios XII.

81. Essa licenciosa pregação de indulgências faz com que não seja fácil nem para os homens doutos defender a dignidade do papa contra calúnias ou questões, sem dúvida argutas, dos leigos.

91. Se, portanto, as indulgências fossem pregadas em conformidade com o espírito e a opinião do papa, todas essas objeções poderiam ser facilmente respondidas e nem mesmo teriam surgido. 

Observem nestes trechos, que Lutero escreveu exatamente defendendo o Papa do que caluniam os desmoralizados autores acima. Será que os protestantes nunca leram as teses de seu pai “fundador” ou preferem acreditar na mentira de Satanás que lhes impôs uma religião aproveitando-se de suas cegueiras?

Mais hilário ainda, é saber que, por força do pai da mentira, haviam escolhido para “dia do evangélico” o dia 31 de outubro, dia em que Lutero não fixou tese nenhuma na porta de igreja alguma. Teses estas que contém o que podemos ler acima, pondo fim a todo esse engodo vergonhoso.

Moral da História:

1- A Igreja nunca vendeu indulgência;

2- Quem vendeu indulgência numa cidadezinha da Alemanha foi um monge isolado chamado Tetzel e seus comissários em desobediência. Este foi punido e morreu dois anos depois de desgosto;

3- Em suas teses, Lutero jamais diz que o Papa mandou cobrar indulgência para construir a basílica de são Pedro;

4- Lutero jamais fixou suas teses em porta de Igreja alguma;

5- A quase totalidade dos protestantes nunca leu as 95 teses de Lutero, mas acreditam em todas as mentiras, inclusive cinematográficas, que os pastores inventam sobre elas, para justificar a existência do decadente protestantismo.

Bibliografia:

Fitzer Gottfried, Was Luther wirklich sagte, Verlag Fritz Molden, Wien-Munchen-Zurique, 1968.

95 teses de Lutero: 
http://www.ibnshekinah.com.br/Estudos-B%C3%ADblicos/as-95-teses-de-lutero.html (site protestante) 

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