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Alguns leitores nossos ficaram um tanto confusos ao lerem no site do jornal O Globo essa manchete: “Papa diz que fiéis devem ajudar necessitados, não convertê-los”. Foi isso mesmo que ele quis dizer? Não!
Com um jogo de palavras sutil, a manchete alterou levianamente o sentido do que o Papa quis comunicar, e isso acabou deixando o Papa com uma fala herética, no melhor estilo católico-marxista-riponga-di-zizuiz. E isso, já deu bem pra notar, Francisco não é!
Por ocasião da Festa de São Caetano, o Papa enviou uma mensagem em vídeo para os argentinos, no dia 7 de agosto. Vejamos o que ele disse:
“Jesus os ama! São Caetano ama! E somente lhes pedem uma única coisa: que se encontrem! Vão e procurem ao mais necessitado! Mas sozinhos, não. Com Jesus, com São Caetano! Vou para convencer o outro que se torne católico? Não, não, não! Vá encontrá-lo, é seu irmão! Isso basta! E vá para ajudá-los, o resto fará Jesus, fará o Espírito Santo.”
- Fonte: Site do Vaticano (traduzimos livremente do espanhol)
Em outra palavras: quando vamos ao encontro de alguém que está passando por um mal momento, nosso foco não deve ser converter a pessoa ao catolicismo, mas sim AMAR. O que isso quer dizer? Que não é importante que TODOS se convertam? Não! Isso quer dizer o óbvio: devemos acima de tudo amar e ser solidários, e não ver o sofrimento alheio como oportunidade de pregação.
Ao ler essa mensagem do Papa Francisco, me veio logo à mente uma colega de trabalho, que sempre recolhia doações de caixas de leite na empresa, pra uma obra de caridade de seu centro espírita. Eu me interessei em doar, e a procurei para saber mais sobre a obra. Achando tudo muito normal e justo, ela me revelou que os leites eram distribuídos às crianças mais carentes de uma comunidade, mas somente após elas e suas famílias ouvirem uma palestra sobre a doutrina espírita. Quem não ouvia a palestra, não ganhava (em tempo: não são todos os espíritas que agem dessa forma).
Isso NÃO é ser caridoso! Isso é se aproveitar do mau momento que o outro está passando para forçá-lo a ouvir minha pregação. E infelizmente acontece em diversas religiões, é muito comum. O sofrimento alheio é visto com oportunismo, não com misericórdia. Imaginem: um pai de família evangélico precisa do leite pro seu filho, está numa pior. Então, se submete todas as semanas a ouvir uma pregação que contraria a sua fé. Vocês acham que ele se sente tratado como um irmão? Ou, no fundo, percebe que está sendo visto meramente como um discípulo em potencial?
É disso que o Papa Francisco estava falando. Ele não disse nada, nem de longe, que significasse: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações. Menos entre os necessitados: eles não precisam de Jesus!”. Afinal, isso não só contraria o Evangelho – “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” – mas também os ensinamentos do próprio Papitcho.
Querem a prova? Um dia antes de enviar essa mensagem pelo dia de São Caetano, o Papa publicou uma mensagem para o Dia Mundial das Missões (que será em outubro). No documento, ele convoca a Igreja a evangelizar nas PERIFERIAS. Ele deixa bem claro que a evangelização é um DEVER de todo cristão, e que o dom da fé não deve ser guardado, mas sim compartilhado com todos:
“[A fé] Trata-se de um dom que não está reservado a poucos, mas é oferecido a todos com generosidade: todos deveriam poder experimentar a alegria de se sentirem amados por Deus, a alegria da salvação. E é um dom que não se pode conservar exclusivamente para si mesmo, mas deve ser partilhado; se o quisermos conservar apenas para nós mesmos, tornamo-nos cristãos isolados, estéreis e combalidos. O anúncio do Evangelho é um dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo e um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja.”
- Fonte: Site do Vaticano
Nesse documento, o Papa Francisco dá um toco naqueles que pensam “que levar a verdade do Evangelho é fazer violência à liberdade”. Como resposta, ele recorda as palavras do Papa Paulo VI: “Seria certamente um erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a essa consciência a verdade evangélica e a salvação em Jesus Cristo (…) é uma homenagem a essa liberdade”. Falou bonito!
O Papa também fez questão de ressaltar “um princípio fundamental para todo o evangelizador: não se pode anunciar Cristo sem a Igreja. Evangelizar nunca é um ato isolado, individual, privado, mas sempre eclesial”. Ou seja: temos o dever de anunciar a Salvação de Cristo, e também que essa graça nos é concedida por meio da Sua Igreja, Santa e Católica.
Sei que muita gente vai fazer beicinho ao ler esse post. Certas pessoas, pegando carona no delírio da mídia, tentam a todo o custo se iludir com a ideia de que o Papa vai revogar os dogmas. Entendam, amigos: FRANCISCO É CATÓLICO e concorda com a doutrina da Igreja! Como ele bem disse no avião que o levou do Rio de Janeiro a Roma, ele é “filho da Igreja” e sua posição é a mesma da Igreja. Certamente, fará reformas, mas na ação pastoral, e não nos artigos de fé.
Quem elegeu Francisco como Papa foi o Espírito Santo, que resguarda a Palavra eterna de Deus, não o capeta relativista. Quando a mídia descobrir isso, tenho sérias dúvidas de que continuará falando do Papitcho com a mesma simpatia…
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Alguns leitores nossos ficaram um tanto confusos ao lerem no site do jornal O Globo essa manchete: “Papa diz que fiéis devem ajudar necessitados, não convertê-los”. Foi isso mesmo que ele quis dizer? Não!
Com um jogo de palavras sutil, a manchete alterou levianamente o sentido do que o Papa quis comunicar, e isso acabou deixando o Papa com uma fala herética, no melhor estilo católico-marxista-riponga-di-zizuiz. E isso, já deu bem pra notar, Francisco não é!
Por ocasião da Festa de São Caetano, o Papa enviou uma mensagem em vídeo para os argentinos, no dia 7 de agosto. Vejamos o que ele disse:
“Jesus os ama! São Caetano ama! E somente lhes pedem uma única coisa: que se encontrem! Vão e procurem ao mais necessitado! Mas sozinhos, não. Com Jesus, com São Caetano! Vou para convencer o outro que se torne católico? Não, não, não! Vá encontrá-lo, é seu irmão! Isso basta! E vá para ajudá-los, o resto fará Jesus, fará o Espírito Santo.”- Fonte: Site do Vaticano (traduzimos livremente do espanhol)
Em outra palavras: quando vamos ao encontro de alguém que está passando por um mal momento, nosso foco não deve ser converter a pessoa ao catolicismo, mas sim AMAR. O que isso quer dizer? Que não é importante que TODOS se convertam? Não! Isso quer dizer o óbvio: devemos acima de tudo amar e ser solidários, e não ver o sofrimento alheio como oportunidade de pregação.
Ao ler essa mensagem do Papa Francisco, me veio logo à mente uma colega de trabalho, que sempre recolhia doações de caixas de leite na empresa, pra uma obra de caridade de seu centro espírita. Eu me interessei em doar, e a procurei para saber mais sobre a obra. Achando tudo muito normal e justo, ela me revelou que os leites eram distribuídos às crianças mais carentes de uma comunidade, mas somente após elas e suas famílias ouvirem uma palestra sobre a doutrina espírita. Quem não ouvia a palestra, não ganhava (em tempo: não são todos os espíritas que agem dessa forma).
Isso NÃO é ser caridoso! Isso é se aproveitar do mau momento que o outro está passando para forçá-lo a ouvir minha pregação. E infelizmente acontece em diversas religiões, é muito comum. O sofrimento alheio é visto com oportunismo, não com misericórdia. Imaginem: um pai de família evangélico precisa do leite pro seu filho, está numa pior. Então, se submete todas as semanas a ouvir uma pregação que contraria a sua fé. Vocês acham que ele se sente tratado como um irmão? Ou, no fundo, percebe que está sendo visto meramente como um discípulo em potencial?
É disso que o Papa Francisco estava falando. Ele não disse nada, nem de longe, que significasse: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações. Menos entre os necessitados: eles não precisam de Jesus!”. Afinal, isso não só contraria o Evangelho – “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” – mas também os ensinamentos do próprio Papitcho.
Querem a prova? Um dia antes de enviar essa mensagem pelo dia de São Caetano, o Papa publicou uma mensagem para o Dia Mundial das Missões (que será em outubro). No documento, ele convoca a Igreja a evangelizar nas PERIFERIAS. Ele deixa bem claro que a evangelização é um DEVER de todo cristão, e que o dom da fé não deve ser guardado, mas sim compartilhado com todos:
“[A fé] Trata-se de um dom que não está reservado a poucos, mas é oferecido a todos com generosidade: todos deveriam poder experimentar a alegria de se sentirem amados por Deus, a alegria da salvação. E é um dom que não se pode conservar exclusivamente para si mesmo, mas deve ser partilhado; se o quisermos conservar apenas para nós mesmos, tornamo-nos cristãos isolados, estéreis e combalidos. O anúncio do Evangelho é um dever que brota do próprio ser discípulo de Cristo e um compromisso constante que anima toda a vida da Igreja.”- Fonte: Site do Vaticano
Nesse documento, o Papa Francisco dá um toco naqueles que pensam “que levar a verdade do Evangelho é fazer violência à liberdade”. Como resposta, ele recorda as palavras do Papa Paulo VI: “Seria certamente um erro impor qualquer coisa à consciência dos nossos irmãos. Mas propor a essa consciência a verdade evangélica e a salvação em Jesus Cristo (…) é uma homenagem a essa liberdade”. Falou bonito!
O Papa também fez questão de ressaltar “um princípio fundamental para todo o evangelizador: não se pode anunciar Cristo sem a Igreja. Evangelizar nunca é um ato isolado, individual, privado, mas sempre eclesial”. Ou seja: temos o dever de anunciar a Salvação de Cristo, e também que essa graça nos é concedida por meio da Sua Igreja, Santa e Católica.
Sei que muita gente vai fazer beicinho ao ler esse post. Certas pessoas, pegando carona no delírio da mídia, tentam a todo o custo se iludir com a ideia de que o Papa vai revogar os dogmas. Entendam, amigos: FRANCISCO É CATÓLICO e concorda com a doutrina da Igreja! Como ele bem disse no avião que o levou do Rio de Janeiro a Roma, ele é “filho da Igreja” e sua posição é a mesma da Igreja. Certamente, fará reformas, mas na ação pastoral, e não nos artigos de fé.
Quem elegeu Francisco como Papa foi o Espírito Santo, que resguarda a Palavra eterna de Deus, não o capeta relativista. Quando a mídia descobrir isso, tenho sérias dúvidas de que continuará falando do Papitcho com a mesma simpatia…
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