Extraído do livroO Purgatório Um Mistério de AmorO Purgatório na Visão dos SantosGeísa Maria MartinsMarques Saraiva Gráficos e EditoresRio de Janeiro1ª Edição, 2002Purgatório – O que é?Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem na alegria do Céu.Catecismo da Igreja Católica nº 1030É um Dogma de Fé e por isso nenhum cristão pode colocar em dúvida sua existência. A Santa Igreja, baseando-se na Sagrada Escritura e na Tradição, definiu basicamente nos Concílios de Florença e de Trento o que devemos acreditar sobre este assunto.Estado de espírito onde as almas pagam as dívidas à Justiça Divina.É muito importante saber que…As almas do Purgatório já não podem mais merecer, isto é, não têm a possibilidade de alcançar méritos, não podem fazer nada para merecer a vida eterna, precisam de nós que ainda temos à nossa disposição os Tesouros da Redenção, que é formado pelos os Méritos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos.Isto entenderemos melhor mais adiante…“Entre o último suspiro, e a eternidade, há um abismo de misericórdia”. - São Francisco de SalesO Purgatório na Palavra de DeusA doutrina sobre o Purgatório não está explícita na Bíblia Sagrada, no entanto, algumas passagens dão as ideias fundamentais de sua existência.Em 2 Macabeus 12, 39-46 – “…puseram-se em oração para pedir que o pecado cometido fosse cancelado”. “…ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado”.Em Mateus 5, 25-26 – “…dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.Em Mateus 12, 31-32 – “…não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro”.No Apocalipse 21, 27 – “Nela jamais entrará algo de imundo”.Por que motivos podemos ir para o Purgatório?Todo pecado trás como consequência duas coisas:A culpa e a pena (pena eterna + pena temporal).Pela verdadeira contrição e pelo Sacramento da Reconciliação, ficam perdoadas a culpa e a pena eterna.Todavia, permanece a pena temporal, o dever da penitência e da reparação do mal que cometemos. Fica uma dívida que devemos pagar à Justiça de Deus, nesta vida ou no Purgatório.Pelas Indulgências podemos diminuir e até apagar toda a pena temporal. Sobre as indulgências falaremos adiante.Assim podemos resumir os motivos que nos levam ao Purgatório:1º – pelos pecados veniais não remidos ou perdoados neste mundo;2º – pelas inclinações viciosas deixadas em nossa alma pelo hábito do pecado e3º – pela pena temporal devida a todo pecado mortal ou venial cometido depois do batismo e não expiado ou expiado insuficientemente nesta vida.Como são os sofrimentos (penas)?1º Sofrimento – Pena dos Sentidos“Reuni todas as penas que os homens têm sofrido, sofrem e sofrerão, desde o princípio do mundo até o fim dos tempos; juntai todos os tormentos que os tiranos e os algozes têm feito sofrer aos mártires: será uma pálida imagem dos tormentos do Purgatório; e, se às pobres encarceradas fosse permitida a escolha, prefeririam aqueles suplícios durante mil anos a ficarem no Purgatório mais um dia”. - Santa Catarina de Gênova“A dor não é o golpe que recebe, mas a sensação dolorosa desse golpe”. - São Tomás de Aquino“O fogo que envolve é o mesmo que atormenta os condenados no inferno, e esse fogo, oh, é terrível!” - São Tomás de Aquino“As penas do Purgatório são passageiras, não são eternas, mas creio que são mais terríveis e insuportáveis que todos os males desta vida”. - São Gregório Magno“Como deve ser maravilhoso o Céu, pois Deus exige uma purificação tão dolorosa das almas”. - Santa Catarina de Sena2º Sofrimento – Pena do DanoÉ a separação forçada de Deus ou uma força irresistível, que a cada instante afasta bruscamente de Deus a alma que a todo momento, por instinto de sua natureza, corre a se unir com Ele. Imaginemos uma mãe que chamada pelo filho prestes a ser devorado por uma fera, fosse retida por uma força invencível no momento em que se precipitasse em seu socorro. Para as almas esta sensação é uma constante.3º Sofrimento – Impotência de se acudirem a si própriasÉ a impotência absoluta, não podem nem fazer penitência, nem merecer, nem satisfazer à Justiça Divina, nem ganhar uma indulgência, nem receber os Sacramentos.Mais uma vez é importante lembrar que nós podemos ajudá-las a se libertarem.4º Sofrimento – O conhecimento dos seus pecadosAs almas do Purgatório veem as coisas de Deus diferente de nós, esclarecidas pela Divina Luz, compreendem elas o respeito, o amor, a obediência que deviam a Deus, e ainda, a ingratidão dos pecados que cometeram. Essa ingratidão as oprime de tantos remorsos, que elas sentem a necessidade de sofrer para expiar tanta falta de amor, e ainda, a esse sentimento se une o pensamento de que teriam podido facilmente evitar em vida as faltas que as fazem sofrer.5º Sofrimento – O esquecimento em que caemAs almas sofrem com o esquecimento dos seus, elas pedem o repouso, o refrigério e a luz, e não rezamos por elas o quanto deveríamos, para libertá-las desse estado.6º Sofrimento – Incerteza do tempo de permanência no PurgatórioNa eternidade não há mais tempo. O tempo não é como o nosso, elas sofrem sem saber quando vão se libertar. Um minuto nosso para elas é uma eternidade.“Eu temo, temo do bom conceito que meus amigos têm feito de mim; entendendo que eu já estou no Céu, sem querer me deixarão ficar no Purgatório”. - São Francisco de Sales“De boa vontade eu ficaria cem mil anos no Purgatório, pois teria a certeza do Paraíso”. - São Bernardino de SenaO que nos leva ao Purgatório?A Tibieza e o Pecado Venial“A tibieza é o hábito não combatido do pecado venial, ainda que seja um só”. - Santo AfonsoA tibieza mina o espírito, sem que as pessoas percebam, nos enfraquece espiritualmente, amortece as energias da vontade e do esforço. Afrouxa a vida cristã. É um sistema de acomodações na vida espiritual do cristão.Há muitos sinais de tibieza, mas o que a caracteriza é o pecado venial deliberado e habitual.Tudo quanto ofende a Nosso Senhor nunca é leve ou coisa sem importância para uma alma fervorosa. O pecado venial é uma ofensa a Deus, e nele há:Três circunstâncias agravantes:1ª – Uma injúria a Majestade Divina.2ª – Revolta contra a Autoridade de Deus.3ª – Ingratidão a Bondade Eterna.“O hábito dos pecados veniais tira dos nossos olhos a malícia do pecado grave, e em breve não receamos passar das faltas mais leves aos maiores pecados”. - São GregórioDepois da morte, as menores penas que nos esperam é algo maior do que tudo que se possa padecer neste mundo. “As menores faltas são punidas severamente”. - Santo AnselmoO que devemos fazer?Eis as palavras de Santo Agostinho:Devemos, pois socorrer os falecidos:1º – Em razão do parentesco de sangue.2º – Por gratidão, aos benfeitores nossos.3º – Por justiça.4º – Por caridade.O Santo Cura d’Ars, São João Batista Vianney, era um devoto fervoroso das almas do Purgatório. Pedira a Deus a graça de sofrer muito. Os sofrimentos do dia, oferecia-os pela conversão dos pecadores, e os da noite, pelas almas do Purgatório.“Se soubéssemos como é grande o poder das boas almas do Purgatório (em nosso favor) sobre o Coração de Jesus, e se soubéssemos também quantas graças poderíamos obter por intercessão delas, é certo, não seriam tão esquecidas”. - São João Batista VianneyComo podemos ajudá-las?Um dia, Santa Gertrudes rezava com fervor pelos falecidos, quando Nosso Senhor lhe fez ouvir estas palavras:“Eu sinto um prazer todo especial pela oração que me fazem pelos fiéis defuntos, principalmente quando vejo que a compaixão natural se junta a boa vontade de a tornar mais meritória. A oração dos fiéis desce a todo instante sobre as almas do Purgatório, como um orvalho refrigerante e benéfico, como um bálsamo salutar que adoça e acalma suas dores, e ainda as livra das suas prisões mais ou menos rapidamente conforme o fervor da devoção com que é feita”.E ainda noutra ocasião:“Muitíssimo grata me é a oração pelas almas do Purgatório, porque por ela tenho ocasião de libertá-las das suas penas e introduzi-las na glória eterna”.OraçãoAplicando as indulgências recebidas na oração em sufrágio, para a liberdade das almas do Purgatório.Aqui vemos a importância das indulgências, através delas pagamos à Justiça Divina o que devemos, ou as oferecemos pelas almas para que elas possam assim pagar o devem à Justiça Divina, e se libertarem para entrar no gozo Celeste.Salmo 129 (130) – De ProfundisÉ um dos sete Salmos Penitenciais, e é uma oração indulgenciada.Orações canônicas do Breviário ou Divino Ofício, Orações Oficiais da Igreja“A oração é a chave de ouro que abre o Céu”. - Santo AgostinhoSofrimento“Aliviemos as almas do Purgatório, aliviemo-las por tudo o que nos penaliza, porque Deus tem cuidado em aplicar aos mortos os méritos dos vivos”. - São João CrisóstomoPodemos aceitar os nossos sofrimentos com amor e humildade, oferecendo-os em sacrifício pelas almas, afim de que elas sofram menos. É meritório para nós (santificação) e para as almas (alívio dos sofrimentos) oferecer a Nosso Senhor Jesus Cristo a cruz de cada dia pelos nossos falecidos. Quem não tem a sua cruz?É bom lembrar que, aceitando os sofrimentos da vida, em espírito de reparação, estaremos diminuindo as penas que poderemos experimentar se formos para o Purgatório. Não sabemos o nosso futuro.Ato HeroicoQuando fazemos um ato de penitência e oração, como por exemplo, rezar um Santo Terço de joelhos, há neste ato, três frutos diferentes:Um fruto meritório – que não o podemos perder, é o mérito pessoal de quem o pratica, nos dá um acréscimo de graça e de glória.Um valor satisfatório do ato – que é a penitência, o sacrifício, e este é para as almas, no Ato Heroico.Uma força impetratória – que é a da oração como oração.“É o ato que consiste em oferecer à Divina Magestade, em proveito das almas do Purgatório, todo o valor satisfatório das obras que fizemos durante a vida, e todos os sufrágios que forem aplicados pela nossa alma depois da morte”.Este ato há de ser feito em perpétuo, isto é, por toda a vida continuando após a morte, mas não obriga sob pena de pecado, a pessoa pode renunciá-lo, não comete pecado mortal nem venial.Pelo Ato Heroico não renunciamos o mérito de nossas boas obras, isto é o fruto meritório, que nos dá nesta vida um acréscimo da graça e da glória no Paraíso. Este merecimento é nosso e não o podemos ceder aos outros.Além disso, tudo o mais que fizermos, será em proveito das almas do Purgatório, desde que fazemos o Ato Heroico, todas as indulgências que lucramos são das almas. Só a indulgência plenária na hora da morte não é aplicável aos falecidos. O Ato Heroico não impede de rezar nas próprias intenções e pelos falecidos.O Ato Heroico não nos impede de utilizar a força impetratória da oração por alguma alma em particular, mas a entrega que se faz em favor das almas sofredoras neste ato, no qual cedemos o valor satisfatório, é feito, em geral, por todas as almas, e não em favor de uma ou outra em particular.É um engano pensar que se perde muito com o Ato Heroico, ao contrário, lucra-se mil vezes mais. Deus se deixa vencer em generosidade? Este Ato é cheio de mérito, é um ato perfeito, que nos faz esquecer de nós mesmos para favorecer nossos irmãos e praticar a caridade. “A caridade cobre uma multidão de pecados”, nos ensina a Palavra de Deus. Este heroísmo de caridade será recompensado com superabundância de graças em vida e de glória na eternidade.Para realizá-lo, não é prescrita uma oração em especial, pode ser feito espontaneamente.Missas GregorianasÉ providenciar a celebração de trinta Santas Missas individuais, isto é, por uma só alma e não por diversas na mesma Santa Missa, em trinta dias consecutivos, se por acaso nestes dias forem os três últimos dias da Semana Santa (sexta-feira ao domingo), a interrupção não altera o prosseguimento, as Santas Missas destes dias podem ser celebradas depois em seguida. Todavia, não é necessário que as Santas Missas sejam celebradas pelo mesmo sacerdote, numa mesma igreja e altar.O essencial é que sejam celebradas trinta Santas Missas por um falecido, em trinta dias consecutivos.“Deus acolhe com mais fervor a oração pelos mortos, do que a que nós lhe dirigimos pelos vivos”. - São TomásExercícios de piedade nas segundas–feiras e no Mês de NovembroComo nos ensina a Tradição cristã, o costume de fazer piedosos exercícios pelas almas do Purgatório nas segundas-feiras durante o ano todo, e também durante todos os dias do mês de Novembro, neste mês rezamos em especial pelas almas do Purgatório, nestes dias pratiquemos em sufrágio das almas o quanto pudermos; assistir a Santa Missa, receber a Sagrada Comunhão, dar esmolas, fazer a Via Sacra, visitar os doentes, enfim, temos à nossa disposição muitas maneiras de sufragá-las.Santa MissaÉ o maior, mais poderoso e eficaz sufrágio que possamos oferecer a Deus pelos falecidos. É o mesmo Sacrifício do Calvário, na Santa Missa se oferece o próprio Deus para reparar as faltas de toda a humanidade. Pode haver maior sufrágio que a Santa Missa?Distinguem-se quatro frutos principais do Santo Sacrifício:Um fruto geral – aplicado a todos os fiéis vivos e falecidos não separados da Comunhão da Igreja;Um fruto especial – aplicado aos que assistem atualmente a Santa Missa;Um fruto especialíssimo – aplicado aos que mandam celebrar a Santa Missa eUm fruto ministerial – que pertence ao celebrante e é alienável.“Vale mais assistir devotamente uma Santa Missa por nós em vida, ou dar espórtula para se celebrar, do que várias Missas após a morte”. - Santo Anselmo“A cada Santa Missa celebrada com devoção, saem muitas almas do Purgatório. E não sofrem tormento algum durante a Missa aplicada por elas”. - São Jerônimo“Os anjos não somente assistem ao Sacrifício da Santa Missa, senão que no fim acodem voando às portas do Purgatório a libertar às almas, às quais Deus aplica a virtude do Santo Sacrifício que se acaba de celebrar”. - São João Crisóstomo“Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa”. - São Lourenço Justiniano“Toda Santa Missa diminui teu Purgatório; toda Santa Missa alcança-te um grau de glória no Céu”. - São Bernardo“A Santa Missa é o sol que dissipa as trevas do Purgatório”. - São Francisco de Sales“Na hora da morte, as Santas Missas às quais tiveres assistido, serão a tua maior consolação. Um dos fins da Santa Missa é alcançar para ti o perdão dos teus pecados. Em cada Santa Missa podes diminuir a pena temporal devida aos teus pecados…”. - Santo AgostinhoComunhãoSim, depois da Santa Missa, não há sufrágio melhor e mais poderoso para socorrer as pobres almas que a Santa Comunhão. Escreveu São Boaventura: “Que a caridade te leve a comungar, porque nada há tão eficaz para proporcionar descanso aos que padecem no Purgatório”.A comunhão dignamente recebida é um meio especialíssimo para o sufrágio das almas do Purgatório, pois na Sagrada Comunhão oferecemos o próprio Deus.Podemos também oferecer a Comunhão Espiritual pelas almas sofredoras.Penitência e Boas ObrasA penitência além de nos ser necessária, é muito meritória, e podemos oferecê-la em sufrágio das almas do Purgatório.Oferecer alguns momentos de sede de vez em quando, para matar a sede que as almas do Purgatório têm de Deus.Mortificar a curiosidade nas leituras, em querer saber tudo, para reparar os pecados cometidos pelas almas por esta falta de mortificação. Dominar a gula, os vícios, etc.Fazer atos de humildade para reparar o orgulho cometido por tantas almas que sofrem.Reservar um pouco dos rendimentos para providenciar a celebração da Santa Missa, e para outros atos de caridade em sufrágio das almas do Purgatório.Assim, tiraremos duplo proveito: a nossa santificação e o alívio das almas sofredoras.“Uma pequena penitência livremente praticada nesta vida é preferível, aos olhos de Deus, a uma grande penitência imposta na outra”. - São BoaventuraVia SacraÉ também um excelente meio de sufrágio para as almas sofredoras, a meditação da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo nos recorda o Preciosíssimo Sangue derramado pela salvação das almas, e nos faz pedir pelo Sangue de Cristo a libertação das almas do Purgatório.“Se quereis crescer de virtude em virtude, atrair para vossa alma graça sobre graça, entregai-vos muitas vezes ao piedoso exercício da Via Sacra”. - São BoaventuraEsmolasSocorramos os pobres e necessitados, oferecendo as indulgências recebidas em sufrágio das almas do Purgatório.Já no Antigo Testamento observamos esta prática.O anjo disse a Tobias:“A esmola salva da morte, apaga os pecados, tira a alma das trevas, faz-lhe achar graças diante de Deus e lhe assegura a vida eterna”.- Tobias 4, 8-11Água BentaO Venerável padre Domingos de Jesus, segundo o costume da Ordem Carmelitana, tinha uma caveira sobre a mesa de sua cela. Certo dia, ao ter aspergido essa caveira com água benta, a mesma começou a bradar em voz alta suplicando: Mais água benta! Porque ela alivia o ardor das chamas horrivelmente dolorosas!A oração da Igreja intercede por meio da água benta, por isso as almas do Purgatório tanto anseiam pelo uso desta em seu favor.Nossa Senhora – Uma parte especial à sua Intercessão…“Eu sou a Rainha do Céu, eu sou a Mãe da misericórdia, o caminho por onde voltam os pecadores a Deus. Não há pena no Purgatório que não se alivie e que por Mim não se torne menor do que se o fôra sem Mim”. - Nossa Senhora à Santa Brígida“Cada ano, nas grandes festas, a Mãe de Deus desce ao Purgatório e liberta muitas almas do sofrimento, levando-as para a glória, sobretudo nas festas da Páscoa, do Natal e da Assunção”. - Venerável Dionizio CartuzianoEscapulário de Nossa Senhora do CarmoDiz a tradição que na noite do dia 16 de julho de 1251, o Prior Geral dos Carmelitas, São Simão Stock, um homem considerado por todos os Irmãos como um homem de intensa oração, de entrega total, devoção e amor à Mãe do Carmelo, a Virgem Maria, mergulhado na oração, dirigiu-se a Virgem Maria e pediu-lhe a proteção da “Senhora” sobre seus vassalos em tempos de perseguição e dificuldades. Pediu-lhe que ajudasse a seus Irmãos, porque estes sempre se mantinham fiéis a seu serviço e agora necessitavam de sua ajuda. Neste momento, segundo a tradição, rezou esta famosa oração que até hoje os Carmelitas cantam solenemente nas festas:“Flor do Carmelo, vide florida.Esplendor do Céu. Virgem Mãe incomparável.Doce Mãe, mas sempre Virgem,Sede propicia aos carmelitas, Ó Estrela do Mar”.Durante esta oração, apareceu-lhe a própria Virgem Maria, rodeada de anjos.Entregou-lhe o Escapulário que tinha em suas mãos e lhe disse:“Recebe, meu filho muito amado, este Escapulário de tua Ordem, sinal de meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas: quem com ele morrer, não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e de amor eterno”.E ainda:“Eu, como terna Mãe dos confrades carmelitas, descerei ao Purgatório no primeiro sábado depois da sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna”.Normas Práticas no uso do Escapulário:O escapulário é imposto só uma vez por um sacerdote, com a imposição passa-se a fazer parte da grande família carmelitana, participando de toda a vida espiritual do Carmelo.Por ser confeccionado com tecido, o escapulário desgasta-se facilmente; por isso recomenda-se que seja substituído por um novo quando necessário. Este também deverá receber a benção sacerdotal.Pode ser substituído por uma medalha que represente de uma parte a imagem do Sagrado Coração de Jesus e da outra, a Virgem Maria.O escapulário compromete com uma vida autêntica de cristãos que se conformam às exigências evangélicas, recebem os Sacramentos, professam uma especial devoção à Santíssima Virgem, expressa ao menos com a recitação diária de três Ave-Marias.O Escapulário do Carmo não é:Um amuleto;Uma garantia automática de salvação;Uma dispensa de viver as exigências da vida cristã.__________BibliografiaA Bíblia de JerusalémCatecismo da Igreja CatólicaBRANDÃO, Monsenhor Ascânio. Tenhamos Compaixão das Pobres Almas. São Paulo, Editora Ave Maria, 2ª edição, 1956.REIS, Pe. Oliveiros de Jesus. O Purgatório e as Almas que Sofrem. Porto – Portugal, edição do Cavaleiro da Imaculada, 5ª edição.PEREIRA, Monsenhor Dr. José Basílio. Mês das Almas. Salvador, Bahia, Editora Mensageiro da Fé Ltda, 15ª edição. 1969.PINTO, Hugo Ferreira. Coração Indulgentíssimo de Jesus – Introdução ao Manual de Indulgências. Petrópolis, Rio de Janeiro, Editora Vozes. 1998.Manual das Indulgências normas e concessões. São Paulo, Editora Paulus, 3ª edição, 1989.Sufrágio. Belo Horizonte, Editora da Divina Misericórdia, 1996.Disponivel em: http://almasdevotas.blogspot.com/p/purgatorio-o-que-e-os-que-morrem-na.html
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022
O Purgatório na Visão dos Santos - O que, porque e como é
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.