A MENTIRA: -
“… D. Pedro II… acusou o Vaticano (Pio IX) de provocar discórdias entre nosso povo; esta acusação resultou na prisão do bispo D. Vital em 21-2-1874.”ONDE SE ENCONTRA ESTA MENTIRA: – http://www.sobreasaguas.com.br/romano.htmA VERDADE: -O Articulista do texto acima, faz uso de episódios pouco conhecidos da História a fim de instilar o veneno de suas mentiras tal é o caso alegado acima.Em outro episódio, para atacar a Igreja Católica, utiliza-se abusivamente de livros de séculos atrás que nem mais existem, inventando frase e atribuindo-a a pesonagens ilustres. Tal, é a frase que põe na boca de Carlos Magno e cuja fonte é um livro de Piliati (ilustre desconhecido cujo nome sequer figura em alguma enciclipédia). O texto é apócrifo. Se fosse verídico, não haveria de citar Piliati mas sim uma fonte merecedora de fé.No caso da prisão o articulista inverte as bolas, chamando aos bandidos de heróis e às vítimas de bandidos.
Para sua infelicidade, porém, o caso da prisão de D. Vidal foi tão escandaloso que as peças de seu julgamentos foram registradas nas páginas de “Grandes Advogados, Grandes Julgamentos” de – Pedro Paulo Filho.
Tratava-se de uma intervenção descarada do poder civil em questões que competia somente à autoridade eclesiástica. Um dos bispos atingidos declarou: “… reconhecer no poder civil autoridade para dirigir as funções religiosas equivalia a uma apostasia”.
É claro que a perseguição aos bispos era arquitetada pela maçonaria que detinha o poder no Brasil.
Assumiram a defesa de D. Vital, como advogados, políticos católicos de grande importância, Zacarias de Góes e Vasconcelos e Cândido Mendes de Almeida. Os advogados de defesa apresentaram exemplares peças oratórias, especialmente Cândido Mendes de Almeida, que assim perorou: “Se, pondo os olhos em Deus, na lei, na ciência, absolverdes o paciente, os vossos nomes serão inscritos no livro da imortalidade e vossa memória atravessará séculos, bendita não só pelos homens de nossa crença, mas também por todos os homens de coração; se, porém, infelizmente, seguirdes outro caminho, tereis os aplausos de momento, dados por aqueles que querem sacrificar este mártir – apontando para D. Vital -, mas não podereis contar senão com a severidade da história neste mundo e implorar a infinita Misericórdia Divina no outro”.D. Antônio de Macedo Costa, também foi perseguido e julgado em 24 de junho de 1874. Seu advogado, foi o conselheiro do Império, Antônio Ferreira Viana. Bela foi a peroração de Ferreira Viana em favor do bispo do Grão-Pará:“Em vós, Senhor, deve fulgurar sobre as gemas de Vossa Coroa o poder com que sabeis dominar as paixões, que, mais uma vez, exigem o sacrifício do inocente.Quantas bênçãos não cairiam sobre vós se, iluminados pela justiça, permitísseis que celebrássemos com transportes de alegria e júbilo a festa santa da libertação do heróico bispo do Grão-Pará.Restituí, Senhor, a cabeça ao corpo, o pastor às ovelhas, o mestre aos discípulos, aos órfãos pobres, que choram sua ausência e seu cativeiro, o benfeitor infatigável, o grande sacerdote aos sacerdotes e a lâmpada ao santuário!”
D. Vidal seguiu o exemplo de Cristo diante de seus acusadores ante tamanha injustiça apenas declarando “O Senhor Jesus ‘autem tacebat’” (porém nada respondeu).
Depois de 18 meses de prisão, o Imperador decretou a anistia em setembro de 1875.
D. Macedo Costa voltou à sua diocese e ainda pôde assistir à queda de D. Pedro II, vindo a falecer em 1890.
D. Vital esteve de passagem em sua diocese em Olinda, mas não reassumiu as suas funções, pois, doente, renunciou ao episcopado e voltou à Europa, em busca de tratamento de saúde, onde faleceu em 1878.
Se quiser inteirar-se da questão veja:
http://educaterra.terra.com.br/almanaque/15novembro
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