O
sentimento antimariano que presenciamos entre os protestantes não faz
parte do verdadeiro ideal da Reforma, mas surgiu pelo falso receio de
que o "brilho" de Maria pudesse sombrear ou apagar a verdadeira Luz, que
é Jesus Cristo. Graças a Deus, hoje podemos enxergar mudanças em alguns
fiéis e teólogos evangélicos, reconhecendo o verdadeiro sentido e valor
da Santa Mãe de Deus, tal como defende a Igreja Católica. As citações
abaixo, feitas por Lutero e Calvino, reais fundadores do Protestantismo,
e outros teólogos sérios, denotam o verdadeiro respeito, carinho e amor
que todo cristão deve nutrir pela Mãe de Jesus:
"Quem
são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da
Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real
(descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais
sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro
depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca
poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha,
exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade."
(Martinho Lutero, "Comentário do Magnificat", cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista "Jesus vive e é o Senhor".)
"Por
justiça teria sido necessário encomendar-lhe (a Maria) um carro de ouro
e conduzi-la com quatro mil cavalos, tocando a trombeta diante da
carruagem, anunciando: 'Aqui viaja a mulher bendita entre todas as
mulheres, a soberana de todo o gênero humano'. Mas tudo isso foi
silenciado; a pobre jovenzinha segue a pé, por um caminho tão longo e,
apesar disso, é de fato a Mãe de Deus. Por isso não nos deveríamos
admirar, se todos os montes tivessem pulado e dançado de alegria."
(Idem, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista "Pergunte e Responderemos" nº 42.)
"Ser
Mãe de Deus é uma prerrogativa tão alta, coisa tão imensa, que supera
todo e qualquer intelecto. Daí lhe advém toda a honra e a alegria e isso
faz com que ela seja uma única pessoa em todo o mundo, superior a
quantas existiam e que não tem igual na excelência de ter com o Pai
Celeste um filhinho comum. Nestas palavras, portanto, está contida toda a
honra de Maria. Ninguém poderia pregar em seu louvor coisas mais
magníficas, mesmo que possuísse tantas línguas quantas são na terra as
flores e folhas nos campos, nos céus as estrelas e no mar os grãos de
areia."
(Idem, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista "Jesus vive e é o Senhor".)
"Peçamos
a Deus que nos faça compreender bem as palavras do Magnificat... Oxalá
Cristo nos conceda esta graça por intercessão de sua Santa Mãe! Amém."
(Martinho Lutero, "Comentário do Magnificat".)
"O
Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo
sem o auxílio de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem."
(Martinho Lutero, "Artigos da Doutrina Cristã".)
"Maria é digna de suprema honra na maior medida."
("Apologia da Confissão de Fé de Augsburg", art. IX.)
"Um só Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nascido da Virgem Maria."
(Idem.)
"Não
podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao
mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao
escolhê-la para Mãe de Deus
(João Calvino, Comm. Sur l’Harm. Evang.,20.)
"Firmemente
creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura,
nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o parto,
permaneceu virgem pura e íntegra."
(Zwinglio, em "Corpus Reformatorum".)
"Creio
que (Jesus) foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma
só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido
da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz,
continuou virgem pura e imaculada."
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