Testemunho da Dra. Gloria Polo, uma dentista da
Colômbia que tem dado o seu testemunho ao mundo todo, após ter escapado
milagrosamente da morte, quando foi atingida pelo um raio, logo
após sua alma foi julgada pelos seus atos aqui na terra,
e recebendo sua segunda chance, tendo que dar não apenas 1000 vezes estes testemunho
mais 1000 vez mil, vem e vejam se muitos dos erros dela Julgados nas paginas do
livro da vida, não encontramos também tantos pecados que nós também cometemos,
veja e faça a sua parte para que outras pessoas também tomam conhecimento
deste impressionante testemunho.
Site abaixo com provas de exames e documentos, que não
deixam duvidas da mão de Deus neste testemunho, e da veracidades dos
depoimentos,
TESTEMUNHO
DE GLORIA POLO
O
Julgamento da sua Alma
Extraído de uma das
entrevistas feitas à Dra. Gloria Polo na Rádio Maria (Colômbia).
Irmãos! Realmente é muito lindo poder estar aqui compartilhando
esse maravilhoso presente que o Senhor me deu há mais de 10 anos. Isso
aconteceu em 8 de maio de 1995 na Universidade Nacional de Bogotá. Eu e um
sobrinho estávamos nos especializando em odontologia e tínhamos que buscar uns
livros na Faculdade de Odontologia numa sexta-feira à tarde. Meu esposo estava
conosco. Estava chovendo muito forte, eu e meu sobrinho estávamos debaixo de um
pequeno guarda-chuva e meu esposo tinha sua jaqueta impermeável e se aproximou
da parede da Biblioteca Geral, e nós, enquanto saltávamos as poças d’água, sem
perceber nos aproximamos de umas árvores. Quando fomos saltar uma grande poça,
caiu um raio sobre nós. Nos deixou carbonizados e meu sobrinho faleceu ali. Ele
era um rapaz, apesar da pouca idade, muito entregue ao Senhor e era muito
devoto do Menino Jesus. Ele usava uma medalhinha do Menino Jesus no peito,
dentro de uma moldura de cristal. Segundo o laudo, o raio entrou através da
medalha e atingiu-lhe o coração, queimando-o por dentro e saindo pelo pé, mas
por fora ele não se carbonizou, nem se queimou. Por outro lado, o raio entrou
em mim pelo braço, me queimou de forma espantosa todo o meu corpo, por fora e
por dentro. Isso que estão vendo aqui, este corpo reconstituído, é misericórdia
de Nosso Senhor. Fui carbonizada, fiquei sem seios, praticamente me desapareceu
toda minha carne e minhas costelas, o ventre, as pernas... o raio saiu pelo meu
pé direito, me carbonizou o fígado, se queimaram os rins, os pulmões... Eu
usava DIU, de maneira que o T de cobre, bom condutor elétrico, me carbonizou,
me pulverizou os ovários, tive uma parada cardíaca, fiquei ali, sem vida, meu
corpo pulava por causa da eletricidade que ficou por todo este local. Mas
vejam, esta é só a parte física. A parte mais bonita, a parte mais linda, é que
enquanto meu corpo estava ali carbonizado, eu, neste instante, me encontrava
dentro de um lindo túnel branco, era uma delícia, uma paz, uma felicidade que
não há palavras humanas para descrever a grandeza deste momento, era um êxtase
imenso, eu ia muito feliz, nada me pesava dentro deste túnel, olhei ao fundo
desse túnel e havia como um sol, uma luz lindíssima. Eu digo que é branco para
colocar uma cor, mas nenhuma das cores é comparável humanamente a essa luz
maravilhosa. Eu sentia a fonte de todo esse Amor, dessa paz...
Quando eu vou subindo, digo...
“Quarta-feira! Eu morri!” E nesse instante penso nos meus filhos e digo:
“Ai meu Deus, meus filhos! O que vai ser deles? Essa mãe tão ocupada, nunca
teve tempo para eles.” Aí me dou conta da minha realidade de vida e me sinto
triste. Saí de minha casa para transformar o mundo e meu lar, meus filhos,
pareciam demais para mim.
Neste instante de vazio pelos meus filhos, dou uma olhada e vejo
algo belo... Meu corpo já não estava nas medidas de tempo nem de espaço daqui da
Terra, e vi todas as pessoas num mesmo instante, num mesmo momento, todas as
pessoas, as vivas e as mortas e abracei os meus bisavós. Abracei meus pais que
já haviam falecido, abracei a todos e foi um momento pleno e maravilhoso. Aí me
dei conta de que havia caído por terra a teoria da reencarnação e eu via meu
avô, meu bisavô, eles me abraçaram por um momento e encontrei com todas as
pessoas que tiveram a ver comigo em minha vida, em todo lugar, ao mesmo
instante. Só minha filha de 9 anos (que estava viva) que se assustou quando a
abracei, ela sim sentiu meu abraço. Não havia passado nada de tempo nesse
momento tão lindo, e que maravilha estar sem o corpo! Já não via as coisas como
antes, quando só olhava se alguém era gordo, ou magro, ou feio, ou negro,
sempre olhando com critérios. Não era assim quando não tinha meu corpo humano.
Eu podia ver o interior das pessoas, como é lindo poder ver o interior das
pessoas! Ver nelas seus pensamentos, seus sentimentos. Abracei a todos em um
instante e, no entanto, eu continuava subindo e subindo, cheia de alegria.
Quando senti que ia desfrutar de uma vista fantástica onde havia no fundo um
lago belíssimo, neste mesmo instante, ouço a voz do meu esposo, ele chora e com
um grito profundo e cheio de sentimento me grita: “O que aconteceu? Gloria! Por
favor, não se vá! Volte, Gloria! As crianças, Gloria! Não seja covarde!” Neste
instante, dou uma olhada como que global e o vejo chorando, com muita dor e
então o Senhor me concede regressar. Eu não queria vir, de tanta alegria, paz e
felicidade. Então, comecei a descer devagar, buscando meu corpo e me encontrei
sem vida. Meu corpo estava na maca da enfermaria da Universidade Nacional de
Enfermagem, via como os médicos davam choques elétricos em meu coração para me
salvar da parada cardíaca. Durante duas horas e meia fiquei ali jogada, porque
não podiam nos levar dali porque “lhes passávamos corrente” a todo mundo, até
que finalmente deixamos de “passar corrente” e puderam nos atender. Começaram a
me reanimar. Eu cheguei e pus os meus pés aqui no topo de minha cabeça e com
violência uma faísca entrou em mim. Eu
entrei no meu corpo, me doeu muito entrar e senti que saíam faíscas por todos
os lados. Eu sentia encapsular-me nisto “tão pequenininho”. E a dor que sentia,
minha carne queimava, como me doía! Saía fumaça e vapor. E a dor mais terrível,
a dor de minha vaidade. Eu tinha critérios para tudo, era uma mulher executiva,
era a intelectual, a estudante, a escravizada pelo corpo, escrava da beleza e
da moda: 4 horas diárias de exercícios aeróbicos. Escravizada para ter um corpo
bonito. Massagens, dietas, bem... de tudo o que possam imaginar, essa era minha
vida. Uma rotina de escravidão por um belo corpo. E eu dizia: Bem...se tenho
seios bonitos é para mostrar, assim como minhas pernas, porque sentia que tinha
pernas esculturais, assim como os seios, e num instante via tudo com horror.
Toda uma vida cuidando do corpo. Isso era o centro da minha vida, o amor ao meu
corpo. E já não havia corpo. Nem seios.
Havia uns buracos impressionantes em todo o seio esquerdo, estava praticamente
desaparecido, e minhas pernas, era o mais terrível, havia pedaços vazios e sem
carne, tudo preto, carbonizado...
Dali me levaram ao Seguro Social, rapidamente me operaram e
começaram a raspar todos os meus tecidos queimados. Quando estou anestesiada,
volto a sair do meu corpo. Estava olhando o que faziam os médicos com o meu
corpo. Estava preocupada com minhas pernas. De repente aconteceu algo
terrivelmente horroroso. Porque conto a vocês, irmãos, eu fui uma “Católica
Dietética” durante toda a minha vida. Minha relação com o Senhor era uma
eucaristia aos domingos, em missas de 25 minutos, onde o padre falasse menos,
porque que desespero e que angústia! Essa era minha relação com Deus. E como
essa era a relação que eu tinha com Deus, todas as correntes do mundo me
arrastavam como um cata-vento, a ponto de que quando já estava me
especializando nos estudos, o mundo me dizia que o inferno não existia, que os
diabos não existiam. Medo? Quem disse? Mas vergonhosamente confesso que a única
coisa que me mantinha na igreja era o medo do diabo. Quando me diziam que não
existe, que luta! E eu dizia: “Bem...Todos vamos para o Céu, não importa como
somos.” Então, isso terminou afastando-me de uma vez do Senhor. O pecado não
ficou só em mim e começo a piorar ainda mais minha relação com o Senhor. Começo
a dizer a todo mundo que os demônios não existem, que são invenção dos padres,
que são manipulações. Com meus companheiros da Nacional, comecei a acreditar no
conto de que Deus não existia e que éramos produto da evolução. Vejam, quando
me vejo neste instante, que susto terrível! Vejo uns demônios que vêm buscar
seu pagamento: Eu! Nesse instante, começo a ver como da parede do centro
cirúrgico começam a brotar muitíssimas pessoas. Aparentemente pessoas comuns,
mas com um olhar de ódio tão grande, um olhar espantoso, e me dou conta que
neste instante que em meu corpo há uma sabedoria especial e percebo que devo
algo a todos eles, que o pecado não foi grátis e que a principal infâmia e
mentira do demônio foi dizer que não existia, e vejo que vêm ao meu encontro e
começam a me rodear e querem me levar. Vocês façam idéia do susto, do terror
que senti. Essa mente científica e intelectual já não me servia de nada. Eu
caía ao chão, tentava voltar para dentro do meu corpo, mas minha carne não me
recebia. Neste susto tão terrível, saí correndo e não sei em que instante
atravessei a parede do centro cirúrgico. Eu pretendia me esconder pelos
corredores do hospital, mas quando passei pela parede do centro cirúrgico...
“zas”, dei um salto no vazio...
Entrei por uma quantidade de túneis que vão para baixo. No
princípio tinham luz e eram luzes como colméias de abelhas, onde havia
muitíssima gente. Mas eu vou descendo e a luz vai se perdendo e começo a andar
nos túneis de trevas espantosas e quando chego a umas trevas, essas não se
coparam com as trevas que conhecemos. Imagine que o mais escuro do escuro que
conhecemos se parece à luz de meio-dia comparado a essas trevas que vi. Não se
pode comparar. Elas mesmas ocasionam dor, horror, vergonha e cheiram mal. E eu
termino essa descida por entre todos os túneis e chego desesperada a uma parte
plana... Essa vontade de ferro que eu dizia que tinha, onde me sentia capaz de
tudo, já não me servia de nada. Eu queria subir, mas não podia, e estava ali.
Vejo como nesse piso se abre uma boca enorme e sinto um vazio impressionante em
meu corpo, um abismo ao fundo inenarrável, porque o mais espantoso desse oco
era que não se sentia nem um pouco o Amor de Deus, nem uma gota de esperança e
esse oco tem algo que me suga para dentro e eu grito aterrorizada. Eu sabia que
se entrasse aí, minha alma estaria morta. Esse horror era tão grande e quando
estou entrando, algo me sustenta pelos pés. Meu corpo entrou neste oco, mas
meus pés estavam sustentados para cima. Foi um momento muito doloroso e
terrível. Vejam só... Meu ateísmo ficou pelo caminho e comecei a gritar: “Almas
do purgatório! Por favor, me tirem daqui!” Quando eu estava gritando, foi um
momento de uma dor imensa, porque me dou conta de que aí se encontram milhares
e milhares de pessoas neste oco, sobretudo jovens, e com dor me dou conta que
começo a escutar ranger de dentes, com uns gritos e lamentações que me
estremeciam. Muitos anos me custaram para assimilar isso, porque eu me punha a
chorar cada vez que me lembrava do sofrimento destas pessoas, e percebo que ali
estavam todas as pessoas que em um segundo de desespero se haviam suicidado e
estavam nestes tormentos com todas as coisas que ai se encontravam, mas o mais
terrível destes tormentos é a ausência de Deus. Não se sentia o Senhor. Nessa
dor, começo a gritar: “Quem se equivocou? Olhem como sou santa! Jamais roubei,
eu nunca matei, eu fazia compras para os pobres, eu extraía dentes de graça
ajudando os que necessitavam. O que faço aqui? Eu ia à Missa aos domingos,
apesar de que me considerasse atéia, nunca faltei, se faltei cinco vezes à
Missa em toda a minha vida foi muito. Eu era alma que sempre ia à Missa. E o
que faço aqui? Eu sou católica, por favor, eu sou católica, tirem-me daqui!”
Quando estou gritando que sou católica, vejo uma pequena luz. Entendam que uma
luz nestas trevas é o maior presente que alguém poderia receber. Vejo umas
escadas por cima deste oco, vejo meu pai, que havia falecido cinco anos atrás,
ele estava quase atrás do oco, tinha um pouquinho de luz e quatro degraus mais
acima vejo minha mãe, com muito mais luz e numa posição de oração. Quando os vi
me deu uma alegria tão grande e comecei a gritar: “Paizinho, mãezinha, por
favor, me tirem daqui, eu suplico, me tirem daqui!” Quando eles baixaram a
vista e meu pai me viu ali... se houvessem visto que dor tão grande eles
sentiram; neste lugar podemos sentir os sentimentos dos outros, podemos ‘ver’
essa parte e ‘vi’ essa dor tão grande. Meu pai começou a chorar e colocava as
mãos na cabeça e tremia: “Minha filha, minha filha!” E minha mãe orava, então
percebo que eles não podem me tirar dali e a dor que me inundava era sentir a
dor que eles sentiam e estavam compartilhando essa dor comigo. Começo a gritar
de novo: “Por favor, vejam, me tirem daqui, eu sou católica! Quem se enganou?
Por favor, me tirem daqui!” E quando estou gritando pela segunda vez, se escuta
uma voz, é uma voz doce, é uma voz que quando a escuto, se estremece toda a
minha alma, e tudo se inundou de amor e de paz, e todas estas criaturas saíram
apavoradas, porque elas não resistem ao Amor, nem à paz e eu sinto essa paz, e
essa voz me diz: “Muito bem, se você é católica, diga-me os dez mandamentos da
lei de Deus.”
E que golpe tão horrível! Ouviram? Eu sabia que eram dez, mas daí
em diante, nada! “Quarta-feira! O que vou fazer aqui?” Minha mãe sempre me
falava do primeiro mandamento de Amor. Finalmente me serviu para alguma coisa.
Vamos ver como me sairei dessa, pensava... Tomara que não se lembrem dos demais
mandamentos. Pensava em manipular a situação, como sempre costumava fazer por aqui,
eu sempre tinha resposta para tudo, tinha a desculpa perfeita, e sempre me
justificava e me defendia de tal maneira que ninguém perceberia o que eu não
sabia. Então começo a dizer: “O primeiro: amar a Deus sobre todas as coisas e
ao próximo como a si mesmo”... “Muito bem” – e me dizem: “Você O tem amado?” E
eu digo: “Sim, eu sim, eu sim!” E é quando me dizem: “Não!” Vejam, quando me
disseram “não!”, aí sim senti a corrente elétrica daquele raio, porque eu não
percebi em que parte me havia caído o raio, não sentia nada, e me dizem: “Não!
Você não tem amado ao seu Senhor sobre todas as coisas, e muitíssimo menos ao seu
próximo como a você mesma. Você fez um deus e o acomodou à sua vida só nos
momentos de necessidade! Você se prostrava diante Dele quando era pobre, quando
sua família era humilde, quando queria se tornar uma profissional! Aí sim todos
os dias você rezava, e se prostrava tempos inteiros, horas inteiras suplicando
ao seu Senhor! Orando e pedindo para que Ele a tirasse dessa pobreza e
permitisse que fosse uma profissional , que fosse alguém! Quando tinha
necessidade, ou queria dinheiro, então rezava um Rosário ao Senhor. Essa era a
relação que você tinha com o Senhor!” Eu via ao meu Senhor de verdade com
tristeza. Comento que minha relação com Deus era de ‘caixa automático’. Rezava
um Rosário e tinha que aparecer dinheiro, essa era minha relação com Ele. E me
mostram, tão logo o Senhor me permitiu que tivesse uma profissão, que começo a
ter um nome e começava a ganhar dinheiro, então o Senhor já me parecia
“pequenininho”, e já comecei a ficar orgulhosa, nem sequer expressava uma
mínima relação de amor com o Senhor. Ser agradecida? Jamais! Nem sequer abria
os olhos dizendo... ‘Senhor, obrigada por este dia, obrigada por minha saúde,
pela vida dos meus filhos, pela minha casa, coitadinhos dos que não tem casa,
nem comida, Senhor!’ Nada. Era muito mal agradecida. E a voz seguia dizendo...
“Fora isso, você pos o Senhor num nível tão baixo, que acreditava mais em
Mercúrio e Vênus para ter sorte, andava cegada pela astrologia, dizendo que os
astros conduziam a sua vida. Começou a andar em todas as doutrinas que o mundo
oferecia. Começou a acreditar que simplesmente você morria e voltava para
recomeçar. Você se esqueceu da ‘Graça!’, que havia custado um preço de sangue
ao seu Senhor.” Me fazem um exame dos Dez Mandamentos. Mostram-me que eu dizia
que adorava, que amava a Deus com minhas palavras, mas na verdade eu adorava a
Satanás. Porque em meu consultório chegava uma senhora que fazia ‘mandingas’, e
eu dizia... ‘Eu não acredito nisso, mas pode fazer, porque se não fizer bem,
mal tampouco fará.’ E ela começava a fazer suas ‘mandingas’ para dar boa sorte.
Ela havia posto num canto onde não se podia ver uma penca de aloés com uma
ferradura para afastar as más energias.
Olhem tudo isso, que vergonhoso! Fazem uma análise da minha vida
sobre os dez mandamentos, me mostram como atuei com o próximo, como dizia a
Deus que o amava quando ainda não havia me afastado Dele, quando ainda não
havia começado a andar no ateísmo eu dizia: “Meu Deus, eu te amo!” Mas com essa
mesma língua que eu louvava o Senhor, com essa mesma língua eu falava mal de
todo mundo, criticava, apontava com o dedo, sempre a ‘santa Gloria’, e me
mostravam que eu dizia que amava a Deus, mas era uma invejosa, mal agradecida, jamais
reconheci todo o esforço e o amor, a entrega de meus pais para me dar uma
profissão, para me levantar. “Tão rápido você alcançou uma profissão, mas até
seus pais já não tinham importância, a ponto de chegar a se envergonhar de sua
mãe, pela humildade e pela pobreza dela.”
E me mostram como esposa...Quem era? Passava todo o dia renegando,
desde que me levantava. Meu esposo me dizia: “Bom dia!” E eu respondia: “Que
bom dia? Não vê que está chovendo?” Eu o renegava o tempo todo. E com meus
filhos? Mostram-me que nunca, jamais tive compaixão para com o próximo, por
meus irmãos de fora. E o Senhor me dizia: “Você nunca pensou: coitadinhos dos
doentes, Senhor! Dá-me a graça de poder acompanhá-los em sua solidão. As
crianças que não tem mãe, os órfãos, quantas crianças sofrendo, Senhor!” ...Meu
coração era de pedra...no exame dos dez mandamentos não passei nem meio.
Terrível! Espantoso! Vivia um verdadeiro caos. Como que eu não havia matado e
assassinado tanta gente? Por exemplo, eu fiz muitas compras de supermercado
para as pessoas que necessitavam, mas não dava por amor, dava pela imagem,
porque como eu era muito rica eu queria ‘fazer bonito’ diante dos outros e
assim eu manipulava as pessoas.
E então eu dizia: “Toma, lhe dou essa compra, mas você me faz o
favor e vá à reunião do colégio dos meus filhos, porque eu não tenho tempo de
ir a essas reuniões.” E assim eu dava coisas a todo mundo, mas eu os
manipulava, além disso eu adorava que houvesse um montão de gente atrás me mim
me dizendo que eu era bondosa, que eu era uma santa. Eu me criei uma imagem! E
me dizem: “É que você tinha um deus e esse deus era o dinheiro! Por ele você se
condenou! Por ele você afundou no abismo e se afastou do Senhor.” Nós havíamos
tido muito dinheiro, mas estávamos quebrados, endividadíssimos, havia acabado
nosso dinheiro, então, quando me dizem do ‘deus dinheiro’ eu gritei: “Mas que
dinheiro se deixei muitas dívidas lá na terra?”
Quando me falaram, por exemplo, do segundo mandamento, via que eu,
pequenina, infelizmente aprendi que para evitar os castigos da minha mãe que
eram bastante severos, aprendi que as mentiras eram excelentes e comecei a
caminhar com o pai da mentira (Satanás), e comecei a ficar mentirosa e à medida
que meus pecados iam crescendo, as mentiras iam aumentando. Percebia que minha
mãe respeitava muito o Senhor e para ela o nome do Senhor era santíssimo, então
eu pensei e disse: “Aqui tenho a arma perfeita.” E comecei a jurar em vão, e
lhe dizia: “Mãe, eu juro por Deus!” e assim evitava os castigos. Imaginem,
quando metia eu colocava o Santíssimo nome do Senhor nas minhas porcarias, na
minha imundície, porque eu estava tão cheia de sujeira e de tanto pecado...
E vejam, irmãos, aprendi que as palavras não se perdem ao vento.
Quando minha mãe ficava irredutível eu lhe dizia: “Mãe, que me parta um raio se
estou mentindo!”, e a palavra vagou pelo tempo e vejam que por misericórdia de
Deus eu estou aqui, porque na realidade o raio entrou em mim e me partiu
praticamente ao meio e me queimou.
Mostravam-me como eu, que me dizia católica, era uma pessoa que
não tinha palavra e sempre me antepunha ao Santo nome do Senhor.
Fiquei impressionada ao ver como o Senhor mostrava a todas as
criaturas estas coisas espantosas e se prostravam ao chão, numa adoração
impressionante. Vi a Santíssima Virgem prostrada aos pés do Senhor, orando por
mim, numa extrema adoração, e eu, pecadora, desde minha imundície, cara a cara
com o Senhor. Como fui ‘tão boa’, renegando e maldizendo o Senhor...
Sobre o santificar as festas, foi espantoso. Senti uma imensa dor.
A voz me dizia que eu dedicava de quatro a cinco horas ao meu corpo e nem
sequer dez minutos diários de profundo amor ao Senhor, de agradecimento ou de
uma oração. Começava a rezar o Rosário com tamanha velocidade e eu dizia: “Nos
comerciais da novela consigo terminar o Rosário”. Mostravam como nunca fui
agradecida ao Senhor, e também me mostravam o que eu dizia quando me dava
preguiça de ir à Missa: “Mas mãe, se Deus está em todo lugar, que necessidade
tenho de ir à Missa?” Claro que era muito cômodo dizer isso; e a voz me repetia
que eu tinha ao Senhor por vinte e quatro horas ao dia disponível para mim, e
eu não rezava nem um pouquinho, nem agradecia no domingo. Dediquei-me a cuidar
do meu corpo, me tornei escrava, e me esqueci de um detalhe, que tinha uma alma
e que jamais cuidei dela, nunca a alimentei com a Palavra de Deus porque eu,
muito comodamente, dizia que quem lia a Palavra de Deus ficava louco.
Quanto aos sacramentos, nada! Como que eu poderia me confessar com
‘esse velhos que eram piores que eu’? Para mim era muito cômodo não ir
confessar, o maligno me tirou da confissão e assim foi como me afastou da cura
e limpeza da minha alma, porque cada vez que eu cometia um pecado, não era
grátis, Satanás punha dentro da brancura de minha alma a sua marca, uma marca
de trevas. Jamais, só em minha primeira comunhão fiz uma boa confissão, daí por
diante, nunca mais, e recebia o Senhor indignamente. Chegou a tal ponto a
blasfêmia, a incoerência da minha vida, que cheguei a dizer: “Que Santíssimo?
Deus está vivo num pedaço de pão? Estes sacerdotes deveriam comê-lo com um
pouco de doce de leite, quem sabe ficaria mais saboroso”...até este ponto
chegou a degradação da minha relação com Deus.
Jamais alimentei minha alma, e para completar, só sabia criticar
os sacerdotes. Se tivessem visto como foi terrível isso, na minha família,
desde muito pequenos, criticávamos os sacerdotes, começando pelo meu
pai...diziam que são mulherengos e que têm mais dinheiro do que nós e repetíamos
estas coisas. E nosso Senhor me dizia: “Quem você pensava que era para se fazer
passar por Deus e julgar meus ungidos?”, me dizia: “Eles são de carne, e é a
comunidade que faz a santidade de um sacerdote, rezando, amando e apoiando
quando um sacerdote cai em pecado.” O Senhor me mostrava que cada vez que eu
criticava um sacerdote, me tomavam uns demônios. Fora isso, quanto mal eu fiz
quando acusei um sacerdote de homossexual e toda a comunidade se interou, não
imaginam quanto dano causei.
Do quarto mandamento: honrar pai e mãe. O Senhor me mostrava como
já lhes comentei, como fui mal agradecida com meus pais, como os amaldiçoava e
os renegava porque não podiam me dar tudo o que minhas amigas tinham. Como fui
uma filha que não valorizava o que tinha, cheguei a ponto de dizer que aquela
não era a minha mãe, porque parecia muito pouco para mim.
Foi espantoso ver o resumo de uma mulher sem Deus e como uma
mulher sem Deus destrói tudo o que lhe rodeia, e ainda por cima, o pior de tudo
é que eu achava que era boa e santa! O Senhor também me mostrou como eu achava
que me sairia bem neste mandamento, só pelo fato de haver pago as consultas
médicas e os remédios dos meus pais quando ficaram doentes, também como eu
analisava tudo através do dinheiro e como eu os manipulei quando tinha
dinheiro. Até me aproveitei deles, o dinheiro me endeusou e eu os pisoteei.
Sabem o que me doeu? Ver meu pai chorando com tristeza, apesar de tudo ele
havia sido um bom pai, que me havia ensinado a ser trabalhadora, empreendedora,
e que devia ser honesta, porque só aquele que trabalha pode progredir. Mas ele
se esqueceu de um detalhe, que eu tinha uma alma e que ele era um evangelizador
com seu testemunho e como toda a minha vida começou a afundar por causa de tudo isso. Via o meu pai com dor
quando era mulherengo, ele era feliz dizendo à minha mãe e a todo mundo que ele
era ‘muito macho’ porque tinha muitas mulheres e que podia com todas, e que ademais
fumava e bebia. Estes vícios o faziam sentir-se orgulhoso, pois ele não pensava
que eram vícios, mas sim virtudes. Comecei
a ver como minha mãe se cobria de lágrimas quando meu pai começava a falar das
outras mulheres. Comecei a me encher de
raiva, de ressentimento e começo a ver como o ressentimento leva à morte
espiritual, sentia uma raiva espantosa de ver como meu pai humilhava minha mãe
diante de todo mundo. Fiquei rebelde e disse á minha mãe: "Eu nunca serei
como você, por isso nós mulheres não valemos nada, por culpa de mulheres como
você, sem dignidade, sem orgulho, que se deixam pisotear pelos homens.” Quando
já estava maior eu dizia ao meu pai: “Preste atenção pai, jamais vou permitir
que um homem me humilhe como você humilha a minha mãe, se um homem chegar a ser
infiel comigo, eu me separo.” Meu pai me
bateu e me disse: “Como se atreve?” Meu pai era muito machista e eu lhe disse:
“Então me bata e me mate se eu chegar a me casar e tiver um marido infiel. Eu
me separo, para que os homens entendam como sofre uma mulher quando um homem a
pisoteia.” Esse ressentimento e essa raiva tomaram conta de mim, e quando já
tinha algum dinheiro, comecei a dizer à minha mãe: “Sabe de uma coisa?
Separe-se do meu pai. Eu gosto muito dele, mas é impossível que você agüente um
homem assim, seja digna, você tem que se dar valor, mãe.” Imaginem! Eu queria
divorciar meus pais. Minha mãe me dizia: “Não filha, não é que não me doa, sim
me dói muito, mas eu me sacrifico porque vocês são sete filhos e eu sou só uma.
Eu me sacrifico porque afinal seu pai é um bom pai, e eu seria incapaz de ir e
deixá-los sem pai, ademais, se eu me separo, quem vai orar para que seu pai se
salve? Sou eu quem pode orar para que seu pai encontre a salvação, porque a dor
e o sofrimento que ele me ocasiona eu uno às dores da cruz, e todos os dias
digo ao Senhor; ‘esta dor não é nada unida à tua cruz, me permita que meu
esposo se salve, assim como meus filhos.’ Eu não entendia isso. E sabem do que
mais? Me deu tanta raiva... e isso fez com que minha vida mudasse e fiquei
muito rebelde e comecei a me empenhar para defender os direitos da mulher.
Comecei a defender o aborto, a eutanásia, o divórcio e a defender a lei de
Talião, aquela que diz ‘olho por olho, dente por dente’. Nunca fui infiel
fisicamente, mas prejudiquei muita gente com meus conselhos.
Quando chegamos ao quinto mandamento, o Senhor me mostrava que eu
era uma assassina espantosa e que cometi o que é pior e mais abominável diante
dos olhos de Deus, o aborto. O poder que me deu o dinheiro me serviu para
financiar vários abortos, porque eu dizia: “A mulher tem direito a escolher
quando quer ficar grávida ou não.” Olhei o Livro da Vida e me doeu tanto quando
vi uma menina de catorze anos abortando. Eu a havia ensinado, porque sabem que
quando uma pessoa está envenenada, nada fica bom e tudo o que está ao redor
dela se envenena. Umas meninas, três sobrinhas minhas e a namorada do meu
sobrinho abortaram. Deixavam-nas ir à minha casa porque eu tinha dinheiro. Eu
as convidava, falava de moda, de glamour,
de como exibir o corpo. Minha irmã as mandava aí. Olhem como eu as prostituí,
prostituí menores, que foi outro pecado espantoso depois do aborto, porque eu
lhes dizia: “Não sejam bobinhas minhas filhas, suas mães lhes falam de
virgindade e de castidade, mas estão fora de moda, elas falam de uma Bíblia que
foi escrita há mais de dois mil anos, e os sacerdotes não quiseram se
modernizar, elas falam o que dizia o Papa, mas esse Papa está fora de moda.”
Imaginem meu veneno e eu ensinei a estas meninas que tinham que
aproveitar, desfrutar do corpo, mas que tinham que se prevenir. Ensinei-lhes os
métodos de planificação. “Mulher perfeita”, e essa menina de catorze anos,
namorada do meu sobrinho chega um dia ao meu consultório chorando (eu vi no
Livro da Vida) e me diz: “Gloria! Ainda sou criança e estou grávida!”, e eu lhe
disse: “Tonta! Eu não lhe ensinei a se prevenir?” E então ela me disse: “Sim,
mas não funcionou”. Então olhei, e o Senhor me colocava essa menina diante de
mim para que não se afundasse no abismo, para que não fosse abortar, porque o
aborto é uma corrente que pesa tanto, que arrasta e pisoteia, é uma dor que
nunca se acaba, é o vazio de haver sido um assassino. E o que foi pior para
essa menina, foi que em vez de falar-lhe do Senhor, lhe dei dinheiro para que
fosse abortar num lugar muito bom para que não a prejudicassem. Assim como este
aborto financiei vários outros. Cada vez que o sangue de um bebê se derrama, é
como um holocausto a Satanás, é um holocausto, ao Senhor lhe dói muito e se
estremece cada vez que se mata um bebê, porque no Livro da Vida, vi como nossa
alma se apodera de nosso corpo tão somente quando se tocam o óvulo e o
espermatozóide, surgindo como uma faísca linda de luz colhida do Sol de Deus
Pai. O ventre de uma mãe, tão somente é fecundado e já se ilumina com o brilho
dessa alma e quando se aborta, essa alma grita e geme de dor, ainda que não
tenha olhos, nem um corpo formado, se escuta este grito quando lhe estão
assassinando e o Céu se estremece e no inferno se escuta outro grito, mas de
júbilo, e imediatamente do inferno, se abrem uns tipos de selos de onde saem
umas larvas para seguir assediando a humanidade, e seguir fazendo-a escrava da
carne e de todas estas coisas que existem e que estarão cada dia pior. Quantos
bebês são mortos por dia? Isso é um triunfo para Satanás. Esse preço de sangue
forma mais um demônio, então me lavam neste sangue e minha alma branca começou
a ficar absolutamente escura. Depois dos abortos, perdi a convicção do pecado,
para mim estava tudo bem. Foi triste ver como que neste compromisso com o
maligno, pude ver todos os bebês que eu havia matado também, e sabem por que?
Eu planificava com o uso do DIU (T de cobre) e foi doloroso ver quantos bebês
haviam sido fecundados, e se haviam brilhado essas faíscas do Sol de Deus Pai,
mas estes bebês, gritando, se desgarraram das mãos de Deus Pai. Era a razão que
explicava meu constante mau humor, caras feias, vivia frustrada com todos e com
muita depressão. Claro! Eu havia me tornado uma máquina de matar bebês. E isso
me afundou mais no abismo... e pensava: “Como que não havia matado?” E o que
dizer de cada pessoa que eu odiava, que eu detestava? Continuava sendo uma
assassina, porque não é só com um disparo que se mata uma pessoa, basta
odiá-la, fazer-lhe o mal, ter inveja dela, como isso já se pode matá-la.
Quanto ao sexto mandamento, de não pecar contra a castidade, eu
disse: “Aqui não vão me falar de nenhum amante, porque por toda a vida só tive
um homem que é meu esposo”. Quando me mostram que cada vez que eu estava com
meus seios a mostra e meu corpo com minhas roupas insinuantes, estava incitando
os homens a que me olhassem e tivessem maus pensamentos, e eu os fazia pecar e
assim foi como entrei no adultério. Eu aconselhava as mulheres a serem infiéis
com seus esposos e lhes dizia: “Não sejam bobas, divorciem-se, não os perdoem.”
Já com isso estava cometendo um abominável adultério. E me dei conta que os
pecados da carne são espantosos e são condenatórios, mas o mundo nos incita a
atuarmos como animais. Infelizmente me soltei da mão do Senhor, porque os
pecados estão nos pensamentos, na alma e na ação de cada pessoa. Foi tão
doloroso ver todo esse pecado, por exemplo, esse pecado do adultério do meu
pai, que causou dano e desgarrou seus filhos. A mim me causou ressentimento
contra os homens, e meus irmãos se transformaram em três fiéis fotocópias do
meu pai, felizes por serem ‘muito machos’, mulherengos e alcoólatras... Eles
não percebiam como prejudicavam seus
filhos. Por isso meu pai chorava, com tanta dor, vendo como seu pecado havia
sido herdado por eles, por mim, prejudicando assim toda a obra de Deus.
O sétimo mandamento, o de não roubar, eu me considerava honesta, e
o Senhor me mostrava como desperdiçávamos comida em minha casa. O mundo padecia
de tanta fome, e Ele me dizia: “Eu tinha fome, e veja o que você fazia com o que
eu te dava, desperdiçava tudo, eu tinha frio e olhe o que você fazia,
escravizada pela moda, vivendo de aparências, gastando muito dinheiro em
injeções para estar mais magra, escravizada pelo corpo. Em poucas palavras,
você fez do seu corpo um deus.” O Senhor me mostrava que eu era culpada pela
miséria do meu país e que sim, eu tinha a ver com isso. Também me mostrava que
cada vez que eu falava mal de alguém, eu lhe roubava a honra e era difícil
devolvê-la. Que era mais fácil reparar o roubo de um dinheiro, porque poderia
devolver o valor roubado, do que restaurar o bom nome de uma pessoa. Eu me
arrependia por não ter sido uma mãe
carinhosa com meus filhos, por não haver ficado mais com eles em casa, por
tê-los deixado tanto com a ‘mamãe televisão’, ‘o papai computador’, ou com os videogames e para acalmar minha
consciência, lhes comprava roupas de marca. Mas me horrorizou ver minha mãe que
se questionava, - e minha mãe foi uma santa mãe, que nos corrigia e nos amava,
assim como meu pai -, e pude ver quando ela disse: “O que será de mim que nunca
consegui dar nada para os meus filhos?” Que espanto, que dor tão grande...
Senti muita vergonha, porque no Livro da Vida a pessoa vê tudo
como num filme, e meus filhos diziam: “Tomara que a mamãe demore, que tenham
muito trânsito, porque ela é muito chata
e só vive reclamando.” Que tristeza um menino de três anos e uma menina um
pouco maior dizendo estas coisas...eu lhes roubei a sua mãe, lhes roubei a paz
que eu daria à minha casa e não lhes deixei conhecer a Deus através de mim, e
não lhes ensinei a amar o próximo. Se eu não amo ao meu próximo, eu não tenho
nada a ver com o Senhor, se não tenho misericórdia, não tenho laços com o
Senhor. Porque Deus é Amor...
Vou lhes falar sobre levantar falsos testemunhos. Eu sabia mentir
muito bem e Satanás se tornou meu pai. Se Deus é Amor e eu odeio, então, quem é
meu pai? Não era difícil de adivinhar e se Deus me fala do perdão e de amar
meus inimigos eu dizia, “quem me prejudica, me paga!” Então, quem era meu pai?
Se Deus é a verdade e Satanás é a mentira, quem era meu pai? Não há mentira
rosa, nem amarela, nem verde, todas as mentiras são mentiras, e Satanás é o pai
de todas elas. Tão terríveis foram os
pecados da minha língua. Eu vi quanto dano causei com a minha língua. Eu
fofocava, quando falava mal dos outros, causava complexos de inferioridade às
pessoas gordinhas pondo-lhes apelidos pejorativos. Uma palavra mal dirigida
sempre termina numa ação e causa dano.Quando me fazem o exame dos dez
mandamentos, pude ver a cobiça que tomava conta de mim. Eu pensava que seria
feliz tendo muito dinheiro e passei a ter uma obsessão por ficar rica. Que
tristeza. Quando tive muito dinheiro, foi o pior momento que viveu minha alma,
a ponto de querer me suicidar. Tinha tanto dinheiro e me sentia sozinha, vazia,
amargurada e frustrada. A cobiça de desejar ter muito dinheiro foi o caminho
que me levou pela mão e me extraviei, me soltei da mão do Senhor. Depois desse
exame dos dez mandamentos, me mostram o Livro da Vida, lindo, eu queria ter palavras
para descrever “O Livro da Vida”. Começou desde a concepção, assim que se
uniram o par de células dos meus pais. De imediato houve um ‘zas’, uma faísca,
uma linda explosão e se formou minha alma, colhida da mão de Deus Pai,
encontrei um Deus Pai tão lindo, que me cuidava 24 horas por dia e o que eu via
como um castigo, nada mais era que Amor, porque Ele consegue ver minha alma e
percebia como eu ia me afastando da Salvação. Para terminar, vou lhes dar um
exemplo de como é maravilhoso o “Livro da Vida”. Eu era muito hipócrita e eu
dizia a alguém: “Nossa! Como você está linda, que vestido lindo!” Mas por
dentro, em meus pensamentos eu dizia: “Que mulher mais asquerosa, e ainda se
acha uma rainha!” Nesse livro se podia ver exatamente como eu pensava, se podia
ver o interior de minha alma. Todas as minhas mentiras ficaram à vista, vivas,
todo mundo se deu conta. Quantas vezes eu menti para minha mãe porque ela não
me deixava sair a lugar nenhum, então dizia que tinha que fazer um trabalho em
grupo na biblioteca, mas saía para ver algum filme pornográfico ou ia a algum
bar tomar cerveja com minhas amigas. E lá estava minha mãe, vendo minha vida,
nada escapou.
Meus pais me davam banana para levar de lanche na escola. Meus
pais eram pobres e só podiam me dar banana, leite e algum petisco para colocar
na lancheira. Eu comia a banana e jogava a casca pelo caminho. Nunca tive a
consciência de que alguém poderia se ferir ou escorregar na casca de banana que
eu costumava jogar no chão, e o Senhor me mostrou as pessoas que poderiam ter
se matado por causa dessas quedas causadas por minha imprudência e falta de
misericórdia. Também pude ver como só uma vez fiz uma boa confissão, bem feita.
Foi quando uma senhora me deu 4.500 pesos a mais de troco num supermercado em
Bogotá. E meu pai nos havia ensinado a sermos honestos e nunca tocar em nenhum
centavo de ninguém. Então me dei conta quando já estava no carro. Estava a
caminho do meu consultório e pensei... “Ai, essa velha distraída, essa tonta me
deu 4.500 pesos a mais e agora tenho que voltar para devolver” e logo vi um
engarrafamento gigante e disse: “Quer saber? Não vou devolver nada, quem mandou
ela ser tão distraída?” Mas fiquei com a dor de ter feito isso, porque me pai
me ensinou a ser honesta, então me confessei no domingo e disse: “Padre, eu
roubei 4.500 pesos porque não os devolvi a uma senhora que se equivocou no
troco.” Nem prestei atenção no que o padre me disse. O maligno não pode me
acusar de ladra, mas sabem o que me disse o Senhor? Ele me disse: “Essa falta
de caridade sua, quando não devolveu o dinheiro para aquela senhora não
reparando o pecado cometido, 4.500 pesos para você não eram nada, mas para
aquela mulher que ganhava um salário mínimo, significava a alimentação de três
dias.” O mais triste foi quando me mostrou como sofreu, agüentando a fome um
par de dias. Por minha culpa, passou fome com seus dois filhos pequenos, porque
assim me mostra o Senhor, me mostra quando eu faço algo, quem sofreu, quem atua
e como atua.
O Senhor me perguntou: “Que tesouros espirituais você me trouxe?”
Minhas mãos iam vazias, não levava nada, minhas mãos iam absolutamente
desocupadas. Foi então que me disse: “De que te servem os dois apartamentos que
você tinha, as casas e consultórios? Você não se considerava uma profissional
de muitíssimo êxito? Acaso pode trazer o pó de um tijolo até aqui? O que fez
com os talentos que Eu te dei?”
Talentos? Eu tinha uma missão. A missão de defender o reino de Amor. O
reino de Deus. Eu me havia esquecido que tinha uma alma, e muito menos que
tinha talentos, muito menos que o bem que deixei de fazer doeu muito ao Senhor.
Sabem o que sempre me perguntava o Senhor? Sempre me perguntava sobre o Amor.
Citava a falta de caridade pelo próximo. Ele me dizia que eu estava morta
espiritualmente. Estava viva, porém morta. Se pudessem ver o que é a ‘morte
espiritual’, como é uma alma que odeia...Como é uma alma espantosamente
terrível de amargurada e fastidiosa, que
faz mal a todo mundo... Quando uma pessoa está cheia de pecados, por fora tudo
parece ser bonito e cheirar bem, com boas roupas, mas minha alma cheirava muito
mal e vivia nos abismos. Isso justifica tanta depressão e amargura. Então o
Senhor me disse: “É que sua morte espiritual começou quando você deixou de
sentir dor pelos seus irmãos. Quando você via o sofrimento dos seus irmãos, era
um alerta. Quando via nos meios de
comunicação, dizendo que os mataram, que os seqüestraram, que os desalojaram,
você dizia ‘da boca para fora’: ‘Coitadinhos! Que pecado!’ Mas isso não te doía
por dentro. Você não sentia nada no coração, era uma pedra, o pecado te
petrificou.
Quando se fecha o meu Livro, imaginem como era grande a minha
tristeza. Quanta dor! Fora isso, por ter me comportado assim com Deus Pai,
porque apesar de todos os meus pecados, apesar de toda a minha imundície e de
toda a minha indiferença e de todos os sentimentos horríveis, o Senhor, sempre,
até o último instante me buscou, sempre me enviava instrumentos, pessoas, me
falava, me gritava, me tirava coisas para me buscar, ele me buscou até o último
instante. Eu costumava dizer: “O Senhor me condenou”. Claro que não! No meu
livre arbítrio eu escolhi quem seria o meu pai, e não foi Deus Pai. Escolhi
Satanás, esse foi o meu pai, e quando esse Livro se fechou, vi em minha mente
que estava de ponta-cabeça, porque começava a cair naquele buraco e depois
deste oco ia se abrir uma porta. Então começo a ir, e começo a gritar a todos
os santos, para que me salvassem. Vocês não têm idéia da quantidade de santos
que eu vi, eu não tinha idéia de que havia tantos santos, eu era tão má
católica. Pensava que dava na mesma que me salvasse São Isidro ou São Francisco
de Assis, e quando acabaram todos os santos, veio o silêncio. Sentia um vazio,
uma dor tão grande. E eu pensava: “Todos estão lá na terra dizendo: ‘como era
santa!’”, esperando que eu morresse para me pedir um milagre. E olhem para onde
vou! Levanto os olhos e vejo os olhos de minha mãe. Com muita dor eu lhe grito:
“Mãezinha! Que vergonha! Me condenei, mãe, aonde vou? Nunca mais vou te ver...”
E nesse momento lhe concederam a ela uma graça muito grande. Estava imóvel e
lhe permitem mover seus dois dedos para cima e ela dá um sinal e saltam dos
meus dois olhos duas crostas espantosamente dolorosas, era minha cegueira
espiritual. Então, vejo um momento lindo, quando uma paciente me havia dito:
“Olhe doutora, a senhora é muito materialista e um dia vai precisar Dele.
Quando estiver em ambiente de perigo, qualquer que seja, peça a Jesus Cristo
que a cubra com o Seu sangue, Ele nunca irá abandoná-la, porque Ele pagou um
preço se sangue pela senhora.” E com essa vergonha tão grande e essa dor,
comecei a gritar: “Jesus Cristo! Senhor, tenha compaixão de mim! Perdoe-me! Por
favor, me dê uma segunda oportunidade!” E este foi o momento mais belo, não
tenho palavras para descrever este momento. Ele baixa e me tira daquele oco.
Quando Ele me recolhe, todas estas coisas caíram ao chão. Ele me levanta e me
leva a uma parte plana, e me diz com todo esse Amor: “Vamos voltar, você vai
ter uma segunda oportunidade” (...), e me diz que não é pela oração da minha
família. Porque “é normal que eles orem e clamem por você, mas foi pela
intercessão de todas as pessoas alheias ao seu sangue, que não te conhecem e
choraram, oraram e elevaram seu coração com muitíssimo amor por você.” E começo
a ver como se acendem uma porção de luzinhas que são como chaminhas brancas
cheias de amor. Eu vejo as pessoas que estão rezando por mim! Mas havia uma
chama grande, era a luz que mais brilhava. A que mais amor dava. Eu olhava quem
era essa pessoa que me amava tanto. E o
Senhor me diz: “Essa pessoa que você vê ali, é uma pessoa que te ama tanto,
tanto, e nem sequer te conhece.” E me mostrava que essa pessoa havia visto a
folha de jornal do dia anterior. Era um camponês de um povoado, bem pobre, que
vivia ao pé da Serra Nevada de Santa Marta. O pobre homem comprou uma panela e
a embrulharam numa folha do jornal “Espectador” do dia anterior. Minha
fotografia onde eu aparecia toda queimada estava aí, ilustrando a matéria que
falava sobre o acidente. Quando este homem viu a notícia, se pôs a chorar com
um amor tão grande, e disse: “Pai, Senhor, tem compaixão desta minha irmãzinha.
Senhor, salve-a! Se o Senhor salvá-la, prometo que irei ao ‘Santuário de Buga’
e cumpro a promessa, mas salve-a!” Imaginem um homem pobrezinho, não estava
revoltado nem amaldiçoando porque passava fome, com essa capacidade de amor
para se oferecer a atravessar todo o país por alguém que não conhecia. E o
Senhor me disse: “Isso é Amor ao Próximo” (...) e logo me disse: “Você vai
voltar, mas não vai contar o que viu 1000 vezes, mas sim 1000 vezes 1000. E ai
daqueles que ouvindo, não decidam mudar de vida. Porque eles serão julgados com
mais severidade. Assim como você será em seu segundo regresso. Que prestem
atenção os ungidos, que são seus sacerdotes, ou qualquer um deles, porque não
há pior surdo que aquele que não quer ouvir, nem pior cego que aquele que não
quer ver.” E isto, meus queridos irmãos, não é uma ameaça, O Senhor não
necessita nos ameaçar, esta é a segunda oportunidade que vocês têm, e graças a
Deus que vivi o que vivi! Porque quando lhes abram o Livro da Vida a cada um de
vocês, quando cada um de vocês morra, vamos ver este momento, de igual maneira,
e vamos nos ver tal como estamos, vamos ver nossos pensamentos e nossos
sentimentos na presença de Deus, e o mais bonito é que cada pessoa verá o Senhor
em frente de cada um de nós, outra vez perguntando o que lhe temos a oferecer.
Que o Senhor abençoe a todos grandemente.
Glória a Deus! Glória a Nosso Senhor Jesus Cristo!
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