Mas o mosteiro foi derrubado. Algum tempo depois, um outro veio e construiu outro mosteiro.
E esse mosteiro foi derrubado, se minha memória não me trai, por ocasião da Revolução Francesa.
No Reino de Maria se mandará construir um mosteiro em louvor a Ela nessa península, e com sentido reparador, etc., que seria um sentido muito bonito.
Há um certo lugar ali, no qual se tornou lendária a presença de um homem que teria vivido lá pela Idade Média, creio que pela alta Idade Média, e que era conhecido como “o louco da floresta”.
Esse homem era doido, e ele apenas sabia dizer "Ave Maria!", e com todas as pessoas que ele encontrasse, etc., ele dizia "Ave Maria!"
A pessoa perguntava alguma coisa, e ele respondia: "Ave Maria, Ave Maria!". Depois saía e continuava a vaguear por lá.
Quando ele morreu, enterraram-no.
Depois, por uma necessidade prática qualquer, foi preciso desenterrá-lo para pôr no lugar uma construção.
Então abriram o caixão dele, e encontraram que de sua boca saía um lírio lindíssimo, e em cada pétala do lírio, escrita com letras de ouro, “Ave Maria”.
Depois, o que há de sabedoria nesse louco que só diz “Ave Maria” tem um sentido tão quintessenciado que eu nem encontro palavras adequadas para louvar.
Esse símbolo nos toca muito porque ele enuncia um princípio, um fato que toca a sensibilidade do homem e que tem uma força de impacto que algum símbolo mais estudado – talvez culturalizado – tem muito menos.
Toda aquela mitologia romana e grega, ou então a mitologia romântica neopagã do século XIX, como se pode perceber nas obras de Wagner, não é nada em comparação com isto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.