Resposta: estar
escrito que devemos confessar os pecados uns aos outros, o que vemos
nas sagradas escrituras Jesus já depois de ter ressuscitado em
umas das suas aparições que foram durante uns 40 dias,
que Jesus continuou aparecendo aos apóstolos, Jesus
lhes apareceu e disse ( Jo 20,21-23 ) : "Assim como meu Pai
me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito
estas palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o
Espírito Santo. Àquele a quem perdoardes os pecados,
ser-lhe-ão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes,
ser-lhe-ão retidos".
Quem
negava a Jesus o poder de perdoar os pecados, e até o taxava
de blasfemador, eram os orgulhosos escribas.Jesus, porém, lhes
respondeu ( Mc 2,10 ): "Para que saibas que o filho do homem tem
na terra o poder de perdoar os pecados ..." Jesus curou o
paralítico perdoado, à vista deles.
Este
poder de perdoar os pecados, Jesus o confiou aos homens pecadores,
aos Apóstolos e seus legítimos sucessores, no dia mais
solene, da sua Ressurreição
Não
resta dúvida que sopro de Cristo ressuscitado e as
palavras: "recebei o ( dom do ) Espírito
Santo..." expressam claramente que os Apóstolos não
obtiveram o poder de perdoar os pecados em virtude de sua santidade
ou impecabilidade, mas como um dom especial, merecido por Cristo
e a eles conferido, em favor das almas, remidas pelo seu sangue
derramado na cruz.
Daí
dizer: "Eu não me confesso com os padres, porque eles
também são pecadores, demonstra igual insensatez, como
afirmar: "Eu não vou, com minha doença procurar
conselho e remédio dos médicos, porque eles também
ficam doentes".
Por
isso os Católicos, mesmo que sejam papas, cardeais e
reis, dobram humildemente suas cabeças diante de tão
claras palavras de Jesus e confessam seus pecados diante dum simples
sacerdote, para receber o perdão de Deus.
Os
outros crentes, porém, preferem ignorar estas palavras de
Jesus, e desprezar o grande dom de Jesus, no sacramento da
Penitência. Para motivar este procedimento, procuram na Bíblia
vários textos no sentido: "Convertei-vos... fazei
penitência... arrependei-vos, para que os vossos pecados sejam
perdoados,... para que sejais salvos".
Ninguém
duvida de que o sincero arrependimento dos pecados, com firme
propósito de não pecar mais, e satisfação
feita a Deus e aos prejudicados, eram no Antigo Testamento
condições necessárias e suficientes para obter
perdão de Deus. O mesmovale ainda hoje para todos os que
desconhecem Jesus e seu Evangelho: para os que não
têm nenhuma ocasião de se confessar: e são ainda
condições necessárias para obter perdão
na boa Confissão. Mas quem no seu orgulho não acredita
na veracidade e obrigatoriedade das palavras de Cristo
Ressuscitado, com as quais ele instituiu o sacramento da
Penitência, e por isso não quer se confessar,
dificilmente receberá perdão!
Cada
pecado é um ato de orgulho e desobediência contra Deus.
Por isso "Cristo se humilhou e tornou-se obediente até
a morte, e morte na cruz" ( Flp 2,8) para expiar o orgulho
e a desobediência dos nossos pecados, e nos merecer perdão. Por
isso ele exige de nós este ato de humildade e de obediência,
na Confissão sacramental, na qual confessamos os nossos
pecados diante do seu representante, legitimamente ordenado. E,
conforme a sua promessa: "Quem se humilha, será
exaltado e quem se exalta, será humilhado"( Lc 18,14 ).
Alguns
"crentes" aliciam os católicos para sua seita com a
promessa de que, depois do batismo (pela imersão) estarão
livres de qualquer pecado e nem poderão mais pecar!
Conseüuentemente, não precisarão mais de nenhuma
Confissão). Apóiam esta afirmação nas
palavras bíblicas de I Jo 3,6 e 9 : "Quem
permanece Nele, não peca, não o viu, nem o conhece"
e "Todo aquele que é gerado por Deus, não comete
pecado, porque nele permanece o germe divino ( a graça
santificante)".
Em
Resposta, lembro o princípio bíblico de que entre
as verdades bíblicas, reveladas por Deus, não pode
haver contradições. Por isso, as palavras menos claras,
devem ser esclarecidas por palavras mais claras ou pela autoridade
estabelecida por Deus ( Magistério da Igreja ). Ora, o próprio
João Apóstolo escreve em ( I Jo 1,8-10 ): "Se
dissermos que não temos pecado algum, enganamo-nos a nós
mesmos, e a verdade não está em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, e nos
perdoa os nossos pecados , e nos purifica de toda a
iniqüidade. Se dissermos que não temos pecado,
taxamo-Lo de mentiroso, e sua palavra não está em nós."
Por
isso a Tradição Apostólica interpreta as
palavras de I Jo 3,9: "Todo aquele que é gerado
por Deus não peca", no sentido denão
deve pecar gravemente", já que possuindo a graça
de Deus , tem suficiente força para vencer as tentações.
Enquanto as claras palavras em I Jo 1,8-10 falam dos pecados
leves - veniais; sendo somente Maria Imaculada livre de qualquer
mancha do pecado original e pessoal, em previsão dos méritos
antecipados de Jesus Cristo que a escolheu por sua Mãe.
Portanto,
todos os homens adultos necessitam de Misericórdia divina; e
os sinceros seguidores da Bíblia recebem-na, agradecidos, no
sacramento da confissão.
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