Milagre o Testemunho da Verdade

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Templo católico vira pista de skate. E não dá pra botar a culpa no Islã…

igreja_skate
Há oito anos, em Arnhem, Holanda, a igreja católica de São José fechou as portas, por falta de fiéis. O lugar de adoração acabou virando centro de skatismo. O fato não é isolado: desde a década de 70, milhares de igrejas cristãs já foram demolidas ou vendidas na Europa. E não dá pra botar a culpa no Islã…
Por que estamos dizendo isso? Para apresentar uma visão mais ampla sobre um dos temas mais quentes do momento: muçulmanos na Europa. Diversas foram as reações dos nossos leitores diante da notícia de que o Papa Francisco pediu para que as instituições da Igreja acolham os refugiados. Observando os mais de 200 comentários no nosso post no FB (veja aqui), dá pra notar que os católicos se dividem, basicamente, em três grupos:
1) aqueles que apoiam o pedido do Papa com otimismo irrestrito;
2) os que apoiam a ação do Papa, mas temem uma invasão muçulmana hostil;
3) os que acham que acolher as palavras do Papa é simplesmente levar a Europa a dar um tiro no próprio pé.
Todas essas três posturas têm sua lógica e fazem sentido. Muitos muçulmanos que chegaram recentemente como imigrantes ou refugiados à Europa são boas pessoas, mas é inegável que boa parte deles não se mostrará disponível a se adaptar à cultura local, e fará de tudo para impor seus costumes e crenças.
A INVASÃO MUÇULMANA HOSTIL
Na Bélgica, na Inglaterra, na França, na Holanda e na Alemanha, uma parcela considerável dos muçulmanos se recusa a se integrar à comunidade em que foram acolhidos. Formam guetos, verdadeiras sociedades paralelas onde vigora a sharia (lei islâmica), onde os nativos não-muçulmanos são achacados e onde até a polícia tem receio de entrar. São as chamadas “No-Go Zones” (Gatestone Institute).
Em 2013, a polícia de Oslo (Noruega) informou que naquele ano estava havendo uma verdadeira “epidemia” de estupros. As vítimas eram quase todas nativas, e os estupradores, em mais de 90% dos casos, eram imigrantes muçulmanos.
Em abril deste ano, a polícia italiana prendeu 15 muçulmanos suspeitos de terem jogado ao mar 12 cristãos, que morreram afogados. Os cristãos navegavam na mesma embarcação dos muçulmanos, fugindo da Líbia. Os sobreviventes que conseguiram se manter no barco denunciaram o crime às autoridades europeias, assim que foram resgatados (Estadão).
Em julho, na Suécia, duas famílias cristãs sírias foram obrigadas a sair do abrigo em que estavam: 80 muçulmanos refugiados que também viviam no local os intimidavam e ameaçavam constantemente. Os cristãos eram proibidos de usar crucifixos e de frequentar as áreas comuns do abrigo quando muçulmanos estavam presentes. Os dirigentes do abrigo sueco não denunciaram o caso à polícia e nada fizeram para punir os muçulmanos  (Breitbart).
Os fatos estão aí, para refutar qualquer mimimi politicamente correto: imigração em massa de muçulmanos para o Ocidente só pode dar chabu. Porém, o que vemos agora não são simplesmente imigrantes pobres buscando uma vida melhor na Europa, mas sim refugiados desesperados, de todas as classes sociais, fugindo dos horrores da guerra.
Como cristãos, temos sempre que lembrar o ensinamento do Mestre, ainda que isso nos contrarie e nos cause dor:
Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos [maltratam e] perseguem. Deste modo sereis os filhos de vosso Pai do céu, pois ele faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e sobre os injustos.
Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos? Portanto, sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito.
– Mt 5,44-48
Também é evidente que uma multidão de muçulmanos mal-intencionados está aproveitando a crise migratória para se infiltrar na Europa, e futuramente ajudar grupos terroristas. Porém, outros tantos muçulmanos estão, de fato, fugindo da guerra e buscando paz. Para quem não sabe, o ISIS (grupo sunita) não está massacrando somente cristãos e yazides, mas também muçulmanos xiitas.
Considerem as palavras do Evangelho, pensem um pouco e respondam sinceramente: vocês acham mesmo que proibir os refugiados muçulmanos de entrarem na Europa, neste momento, é mesmo uma opção decente?
A EUROPA AINDA É CRISTÃ?
É perfeitamente compreensível o medo de que a islamização da Europa se intensifique com essa imigração desenfreada. Sim, os muçulmanos estão ajudando a acabar com o que resta de cristianismo por lá. Mas eles não poderiam fazer isso se não se tratasse de um cristianismo pálido, adoecido pelo relativismo. Praticamente um cristianismo de museu.
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A Europa não é lá muito cristã faz tempo. Os muçulmanos só estão chegando pra finalizar o serviço iniciado por Lutero, Calvino e os secularistas maçônicos do Iluminismo. A maioria dos europeus rejeitou Jesus Cristo, o Deus vivo, para idolatrar o deus-Estado, que domina suas mentes em troca de uma ampla cobertura de benefícios sociais (para entender melhor esse tema, leia aqui nosso post sobre a Suécia).
Os países da Europa são capitalistas, mas o povo entregou a gestão política e cultural na mão de governos socialistas. Assim, ao longo das últimas décadas, os intelectuais europeus divulgaram muito melhor os ideais nefastos do socialismo do que qualquer ditadura comunista do planeta.
Como principal plataforma mundial dos partidos de esquerda, os países da Europa foram os primeiros a liberar o aborto, o consumo de drogas e a eutanásia; foram pioneiros na promoção da ideologia de gênero, do gayzismo, da sexualização das crianças nas escolas, da glamourização da prostituição e da pornografia, do niilismo, do feminismo ateu e do escambáu.
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O mercado imobiliário europeu está aquecido com a venda de templos cristãos (Swiss Info) que, cada vez mais carentes de fiéis, não conseguem se sustentar. Igrejas católicas e protestantes estão virando bares, academias de ginástica, restaurantes, livrarias.
Convenhamos: não podemos colocar a culpa dessa desgraça nos muçulmanos. O fenômeno da venda de templos se dá principalmente nos países com maior índice de população não-religiosa ou ateia – que, por pura “coincidência”, são justamente aqueles que foram palco da primeira expansão da Reforma Protestante (saiba mais no post “Mazelas intelectuais nascidas do Protestantismo – o Ateísmo”).
INVASÕES BÁRBARAS: UMA HISTÓRIA QUE PRECISAMOS LEMBRAR
Nos primeiros séculos da nossa era a Europa enfrentou a invasão das hordas bárbaras. E os bárbaros não chegavam pedindo ajuda, não! Chegavam logo matando, estuprando, queimando e pilhando. Até mesmo Roma foi ferozmente saqueada e devastada por eles, diversas vezes! Mas o cristianismo sobreviveu. Retrocedeu na África, sob o jugo dos vândalos arianos; mas na Europa seguiu firme e forte, e ainda converteu os bárbaros, em massa. Era um cristianismo verdadeiro, vigoroso, cheio do Espírito de Deus.
As invasões bárbaras foram mil vezes mais pavorosas do que a atual crise migratória. Um furacão de hunos, vikings, francos, suevos, alanos, ostrogodos etc. devastou a Europa no século V e fez cair o mítico Império Romano. Mas a Igreja Católica, ainda que ferida e abalada, continuou de pé. Foi ela – e quase que somente ela – que levantou a Europa do pó e do caos, construindo as bases de uma civilização poderosa e culturalmente rica.
Se o cristianismo na Europa não sobreviver à crise migratória, só provará que já era um caco mesmo, um arremedo de cristianismo. E todo galho que é separado da videira só pode secar e morrer, tem jeito, não.
cardeal_vlk
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Pra quem deseja estudar mais a reação católica diante das invasões bárbaras, nada melhor do que o livro “A Igreja dos Tempos Bárbaros”, de Daniel-Rops (Ed. Quadrante).

Fonte. O Catequista | A Nova Onda Católica!

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